quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Barcarena - acidente com 5 mil cabeças de gado completa três meses sem solução

MPF estimou em R$71 milhões as indenizações
 

 
Faz três meses que o crime ambiental que vitimou quase cinco mil cabeças de gado ocorreu no porto da Vila do Conde, na cidade industrial de Barcarena, no estado do Pará.
Ofuscado pela crise política e pelo  mega crime ambiental na cidade mineira de Mariana, em projeto da Vale e da BHP Billinton,  o caso não teve a devida atenção da grande mídia.  Leia matéria da Agência Carta Maior
Até hoje as carcaças do gado e a embarcação não foram retiradas do porto controlado pela Companhia Docas do Pará.
Moradores impactados pelo acidente esclarecem que a situação de abandono se mantém.  Indiferente aos impactos provocados às populações ribeirinhas de Barcarena e cidades vizinhas, o Sindicato de Exportadores de Gado pagou anúncio de meia página exigindo a liberação das exportações.  
Perdas e danos
O MPF avaliou em R$ 71 milhões o valor das indenizações por conta dos danos ambientais e sociais. Até o mês passado os responsáveis eplo navio Haidar não possuíam um plano de retirada da embarcação e das 3.900 carcaças.  Leia mais AQUI 
O crime ambiental desnudou a ausência de um plano de contingência e de uma defesa defesa civil estruturada.  Tudo funcionou de maneirada improvisada e mal  coordenada, penalizando ainda mais a população.
O caso do gado integra um portfólio de acidentes onde fazem parte grandes corporações de mineração, onde constam a francesa Ymeris, a norueguesa Norsk Hidro que opera o complexo de alumínio Alunorte e Albrás, e recentemente a estadunidense Bunge, que tem exportado soja do Baixo amazonas, e já protagonizou um grande acidente no Furo do Arrozal.

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