Faz três meses que o
crime ambiental que vitimou quase cinco mil cabeças de gado ocorreu no porto da
Vila do Conde, na cidade industrial de Barcarena, no estado do Pará.
Ofuscado pela crise
política e pelo mega crime ambiental na cidade mineira de Mariana, em projeto da Vale e da BHP Billinton, o caso não teve
a devida atenção da grande mídia. Leia matéria da Agência Carta Maior
Até hoje as carcaças do
gado e a embarcação não foram retiradas do porto controlado pela Companhia Docas
do Pará.
Moradores impactados
pelo acidente esclarecem que a situação de abandono se mantém. Indiferente aos impactos provocados às
populações ribeirinhas de Barcarena e cidades vizinhas, o Sindicato de
Exportadores de Gado pagou anúncio de meia página exigindo a liberação das
exportações.
Perdas e danos
O MPF avaliou em R$ 71 milhões
o valor das indenizações por conta dos danos ambientais e sociais. Até o mês passado os responsáveis
eplo navio Haidar não possuíam um plano de retirada da embarcação e das 3.900
carcaças. Leia mais AQUI
O crime ambiental desnudou
a ausência de um plano de contingência e de uma defesa defesa
civil estruturada. Tudo funcionou de maneirada improvisada e mal coordenada, penalizando ainda mais a
população.
O caso do gado integra
um portfólio de acidentes onde fazem parte grandes corporações de mineração,
onde constam a francesa Ymeris, a norueguesa Norsk Hidro que opera o complexo
de alumínio Alunorte e Albrás, e recentemente a estadunidense Bunge, que tem
exportado soja do Baixo amazonas, e já protagonizou um grande acidente no Furo do
Arrozal.
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