domingo, 6 de dezembro de 2015

Arenas Amazônicas - Jari pressiona terras ancestrais na fronteira do Pará

Grandes empresas ameaçam segurança alimentar e formas de sobrevivência na Amazônia

Exploração de madeira no Jari  R. Almeida

Entre os muitos abusos cometidos pela Vale, a espionagem contra os movimentos sociais é um dos itens. Leia matéria

O grande capital, amparado pelo Estado, bajulado pela grande mídia, escudado por parte do judiciário, ao aportar na quebrada detona tudo.

Fomenta a expropriação, dilacera os laços de solidariedade antes existentes, coopta pessoas mais articuladas, fomenta discórdia entre os pares dos movimentos sociais, coloca em risco a segurança alimentar das populações ancestrais e as suas formas de reprodução econômica, cultural, política e social.   

Tem-se ainda o assédio moral, a cooptação de dirigentes, a tomada de sindicatos que um dia foram combativos, a exemplo do Sindicato dos Químicos da cidade de Barcarena. Hoje, um arremedo de representação dos trabalhadores. Matéria

Nesta semana, na mesma cidade, a Bunge foi denunciada por usar força policial para inibir a atividade de um militante na mesma cidade. Reportagem de Carlos Mendes

Noutro extremo do estado, na região do Jari, fronteira do Pará com o Amapá, as empresas conglomeradas do Grupo Jari seguem o mesmo receituário. 

Também nesta semana, a empresa, mais uma vez, foi flagrada com ações ilegais no comércio de madeira. A ação da Polícia Federal resultou em prisão de 10 pessoas envolvidas com a fraude. Leia AQUI

Lá da fronteira, extrativistas denunciam que a empresa Jari a partir do assédio dos funcionários Praxedes, Pablo e Jorge Rafael fomentam a discórdia. Uma adas estratégias tem sido a distribuição de lotes para migrantes recém chegados na região.

“Eles estão desmatando a floresta, fazendo ramais dentro do castanhal. A empresa tem explorado a madeira em nossa área na marra. Não respeita a lei nenhuma” alerta morador, que prefere o anonimato sob pena de perseguição da empresa.  

Conforme moradores, a empresa almeja tomar posse na marra de um castanhal ancestral que encontrasse em disputa judicial.

Uma longa matéria publicada na Agência Pública no início do ano, deu visibilidade sobre a delicada situação entre a empresa Jari e as populações nativas. Leia AQUI.

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