quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ao celebrar 35 anos, SDDH lança site


O que se convenciona chamar de campo democrático no país ainda não foi capaz de sacar a comunicação como elemento estratégico na disputa pela hegemonia. E menos ainda de forma profissional, efetivando uma equipe com estrutura e recursos.

E boa parte dos dirigentes não compreende a comunicação como um processo complexo, que envolve várias fases e dimensões. E que necessita ser pensada de forma continuada e a longo prazo, e não numa lógica de macarrão instantâneo.   

A tese é levantada a cada ano num importante encontro realizado em novembro no Rio de Janeiro, pelo Núcleo Pìratininga de Comunicação (NPC). A ONG é animada pelo casal Claudia Santiago e Vito Gianotti, entre outros ativistas.

Neste cenário da comunicação tratada de popular é conferido ao período da ditadura, e a transição para a democracia o momento mais produtivo de Norte a Sul do país. Pasquim, Pif Paf, Ex, Coorjornal, Versus, Varadouro, Resistência, Grito da PA 150 são festejados como exemplos.

No caso do Pará o Jornal Resistência vinculado a Sociedade Paraense de Direitos Humanos (SDDH) é avaliado como uma das experiências mais interessantes e produtivas na região amazônica. A experiência do Pará rivaliza com o Jornal Varadouro, editado no Acre pelo jornalista Elson Martins.

Neste mês de agosto, quando a SDDH celebra 35 anos de militância em defesa dos direitos humanos no Pará, estado marcado pela intensa luta pela terra, a instituição lança uma página na rede mundial de computadores.

O veículo chega em tempo apropriado, no momento em que a agenda de grandes projetos tensiona sobre as terras ancestrais no estado. Um cipoal de obras de infraestrutura desnuda um pragmatismo econômico, que relega ao segundo plano as populações locais, quando não criminalizam as formas de resistências dos movimentos sociais.  

O site tem visual limpo e funcional, e agrega um volume relevante de informação. Caso a estrutura esteja sendo trabalhada de forma profissional, o veículo pode ser um catalisador das demandas das organizações populares do estado.

No presente contexto, sublinhe-se a experiência do Movimento Xingu Vivo. Um exemplo  que merece reflexão na disputa da produções de sentidos sobre a (s) Amazônia (s) a partir dos debaixo.  

Congratulações aos ativistas da SDDH, e esperemos os frutos.  
Conheça o site AQUI

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