sábado, 18 de outubro de 2008

Lutar por Direitos Não é Crime! FSM vai ser o palco para a apresentação de dossiê





O Fórum Social Mundial (FSM), que ocorre em janeiro de 2009 em Belém, Pará, vai ser o desaguadouro da mobilização da campanha Lutar por Direitos Não é Crime! A campanha lançada dia 17 de outubro no ginásio da Universidade Estadual do Pará (UEPA), em Belém, aglutina mais de 70 organizações sociais e religiosas do Pará.

O objetivo da campanha é a produção de um dossiê com o registro de todos os agentes dos movimentos sociais e defensores dos direitos humanos que sofrem algum tipo de criminalização. O indicativo do coletivo é a realização de um tribunal de caráter simbólico para a apresentação do documento durante o FSM.

A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Comissão Pastoral da Terra (CPT), MST, CNBB, Movimento doso Atingidos por Barragens (MAB), Comitê Dorothy, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e as centrais sindicais Intersindical e a Conlutas, estão entre as organizações que coordenam a campanha.

A coordenação do lançamento da mobilização calcula que cerca de 700 pessoas participaram do lançamento da campanha, entre elas representantes indígenas, quilombolas, camponeses/as, professores/as, estudantes, assessores/as e religiosos/as.

Após as mesas de debate, ocorreu uma caminhada até no bairro de São Braz, onde ocorreu um ato show. Entre bandas e grupos culturais que apoiaram a campanha sem a cobrança de cachê se apresentaram: Falsos Profetas, Grupo Iaçá e a banda de reggae Raízes de Fião.

O evento oportunizou a apresentação da campanha da coleta de assinaturas com vistas a pressionar o Congresso Nacional pela aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. O gabinete do senador Jorge Nery (PSOL) anima a campanha no Pará.
Foto-By Rogério Almeida. Sen. Jorge Nery (PSOL/PA) lança a campanha de abaixo assinado para a aprovação da PEC 438/2001, do trabalho escravo, com vistas a desapropriação de terras para a reforma agrária de fazendeiros que utilizam mão de obra escrava.

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