Uns dois quarteirões separam onde moramos da Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada na Av. São Sebastião. Inúmeras vezes, por uns dois meses, pelo menos uma vez por semana baixava no espaço para saber da vacina.
E, nada de chegar a nossa faixa de idade, dinos com um
pouco mais de 5.0. Em todos os momentos fui atendido de forma respeitosa.
Estranhava o local com poucas pessoas. O ambiente sempre calmo.
Na derradeira ocasião que aportei no local informaram
que a UBS havia suspendido o serviço de vacina da Covid, e que a gente
procurasse a UBS de Fátima, que fica na orla da cidade, às margens do belo
Tapajós. A UBS fica numa casa espaçosa, com árvores, tudo arejado, cadeiras
para acomodar as pessoas.
No dia primeiro do mês de junho Docinho foi vacinada
pela Lindalva. Poucas palavras, ligeira no gatilho. Em menos de cinco minutos,
tudo resolvido, vacina tomada. Agradecemos a gentileza.
As pessoas de linha de frente da UBS de Fátima tratam alguns visitantes pelo nome.
Perguntam da reação da vacina, se tá tudo bem, como vão os filhos, comentam da
cheia do rio, do calor. Tudo de forma amistosa.
Noutro dia voltamos para que eu fosse vacinado. Sobre a mesa das moças que atendem copos de mingau, água, coisas do trabalho. À porta da UBS um vendedor de picolés atende os aflitos pelo sol inclemente. Matreiramente, uma das atendes sugere que gostaria de um picolé. Entendemos o sinal e pegamos vários para todo o pessoal.
Muito pouco para pessoas verdadeiramente dedicadas ao serviço público, ao interesse comum, à saúde coletiva, ao respeito e empatia ao próximo.
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