sexta-feira, 29 de março de 2019

Ayala Ferreira, dirigente do MST do Pará recebeu ontem, 28, no RJ, prêmio nacional em defesa dos direitos humanos


Ferreira é ativista na região de Carajás, onde em 1996 tropas da PM executaram 19 sem terra no governo do médico Almir Gabriel (PSDB). 

Ayala Ferreira - dirigente do MST/PA

Ayala Ferreira é dirigente do MST no estado do Pará. O estado líder em execuções de sem terra em todo o país. Ela milita justo na região mais marcada pela aguda disputa pela terra no país, o sudeste e sul do estado. 

Em 1996 por ordem do então governador da época, Almir Gabriel (PSDB), e o secretário de segurança Paulo Sette Camara, sob o comando do coronel Mário Colares Pantoja, tropas da PM executaram 19 trabalhadores rurais sem terra e feriram outras dezenas, no dia 17 de abril de 1996, deixando muitos com sequelas para o resto da vida.

A pressão de instituições nacionais e internacionais teve como desdobramento o reconhecimento massivo de áreas ocupadas como projetos de assentamentos rurais [PAs]. A região hoje abriga o maior numero de PAs no país.

Apesar do reconhecimento da demanda dos trabalhadores rurais, as violências permanecem. Em 2017 a mesma PM executou 10 trabalhadores rurais na cidade de Pau D´arco, na mesma região.

Na semana passada o latifúndio executou a dirigente Dilma Ferreira, ativista do Movimento dos Atingidos por Barragens. Os pistoleiros executaram além da militante, o marido e um amigo da família.

É neste cenário marcado pela profunda disputa pela terra que mobiliza em campos opostos sem terra, indígenas e quilombola, grileiros, fazendeiros, grandes corporações de mineração (Vale), agronegócio e frigoríficos, que atua Ayala.  

A ativista, como outros pares do MST, vive em constante estado de alerta por conta de ameaças de morte.

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