Ferreira é ativista na região de Carajás, onde em 1996 tropas da PM executaram 19 sem terra no governo do médico Almir Gabriel (PSDB).
Ayala Ferreira - dirigente do MST/PA
Ayala Ferreira é
dirigente do MST no estado do Pará. O estado líder em execuções de sem terra em
todo o país. Ela milita justo na região mais marcada pela aguda disputa pela
terra no país, o sudeste e sul do estado.
Em 1996 por ordem do
então governador da época, Almir Gabriel (PSDB), e o secretário de segurança
Paulo Sette Camara, sob o comando do coronel Mário Colares Pantoja, tropas da PM executaram 19
trabalhadores rurais sem terra e feriram outras dezenas, no dia 17 de abril de
1996, deixando muitos com sequelas para o resto da vida.
A pressão de instituições nacionais e internacionais teve como
desdobramento o reconhecimento massivo de áreas ocupadas como projetos de
assentamentos rurais [PAs]. A região hoje abriga o maior numero de PAs no país.
Apesar do reconhecimento da demanda dos trabalhadores rurais,
as violências permanecem. Em 2017 a mesma PM executou 10 trabalhadores rurais
na cidade de Pau D´arco, na mesma região.
Na semana passada o latifúndio executou a dirigente Dilma
Ferreira, ativista do Movimento dos Atingidos por Barragens. Os pistoleiros executaram
além da militante, o marido e um amigo da família.
É neste cenário marcado pela profunda disputa pela terra que
mobiliza em campos opostos sem terra, indígenas e quilombola, grileiros,
fazendeiros, grandes corporações de mineração (Vale), agronegócio e frigoríficos,
que atua Ayala.
A ativista, como outros pares do MST, vive em constante
estado de alerta por conta de ameaças de morte.
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