O primeiro volume da série Arenas Amazônicas é assinada pelo professor Rogerio
Almeida e os ex alunos, hoje jornalistas, Lilian Campelo e Daniel Leite
O
professor Rogerio Almeida, do curso de Gestão Pública e Desenvolvimento
Regional, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) assina a cria,
juntamente com ex alunos, hoje jornalistas, Daniel Leite e Lilian Campelo. Sete
narrativas dão corpo ao livro. A maior parte foi publicada no renomado site
paulista Agência Carta Maior.
Os
textos foram produzidos quando o professor ainda era ligado ao setor privado, e
morava em Belém. Na época Almeida era vinculado à Unama, Universidade da
Amazônia. A ideia em produzir a coleção soma mais de seis anos, e só agora foi
possível viabilizar.
O
conjunto de textos sublinha ações coletivas de jovens e pessoas mais
experientes em diferentes flancos: cultura, política, direitos humanos e
cidadania. A obra em PDF pode ser baixada livremente.
As
periferias da insular Belém, a exemplo da Pedreira, Icoaraci, Terra Firme e
Guamá, e região metropolitana, caso do bairro da Guanabara são notados fora do
esquadro comum dos meios de comunicação da cidade, que preferem o aspecto
policialesco.
Grafiteiros,
DJs, educadores, professores, estudantes, biscateiros, aposentados e
desempregados são personagens da obra. Estes, a partir de inúmeros coletivos se
impõem como protagonistas de sua própria História, onde afirmam suas
identidades coletivas ou individuais como negros, artistas, cidadãos das
“quebradas”, que em Belém são conhecidas como baixadas.
Rios
serpenteiam a cidade cortada por canais. Num deles, o dos Mundurukus, à Rua dos
Pretos, migrantes maranhenses oriundos do município de Cururupu, Baixada
Maranhense a partir do Tambor do Crioula e da Escolinha do Reggae delimitam
seus territórios como migrantes negros do vizinho estado. Assim, tambores de
crioula, danças, canções, manifestações religiosas e ocupação de espaços
públicos e ações em mídias digitais são alguns dos recursos usados.
Na
Pedreira, bairro do amor e do samba, à Rua Álvaro Adolfo, o Coletivo Rádio Cipó
germinou. O mesmo aglutinou gerações diferentes. O grupo hoje extinto, ganhou o
mundo nos anos 2000. A vedete Dona Onete segue carreira com boa aceitação no
país e fora dele. Os diferentes artífices continuam a atuar, a exemplo do DJ
Montalvão, que segue em sua carreira autoral.
As
mulheres ocupam lugar de destaque do volume um da série. Thiane Neves e Nega
Suh são jovens ativistas do movimento negro, que em certa medida seguem os
exemplos das pioneiras Zélia Amador e Nilma Bentes. Diferentes gerações ocupam
a mesma trincheira.
Outra
experiente ativista incensada no livro é a professora Hecilda Veiga. Histórica
militante pela defesa dos direitos humanos do estado encerra a obra. A professora da Universidade Federal do Pará
(UFPA) e o seu companheiro, o advogado Paulo Fontelles, assassinado na década
de 1980 por defender camponeses na luta pela reforma agrária foram fundadores
da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH).
Arenas Amazônicas – o projeto da coleção é a publicação
de três volumes. O segundo volume enfocará a peleja das populações locais e
suas formas de enfrentamento aos grandes projetos.
No
conjunto de oito textos constam as disputas territoriais na região do Jari,
fronteira do Pará com o Amapá entre extrativistas e a Jari Celulose, hoje
controlada pelo grupo paulista Orsa. Outro trabalho aborda crimes ambientais no
município de Barcarena, como os transbordos das bacias de rejeitos das grandes
empresas e os impactos econômicos, sociais e ambientais junto às populações locais.
Outro
tema delicado tratado no segundo volume do Arenas diz respeito à situação de
vulnerabilidade de crianças e adolescentes na Estrada de Ferro de Carajás. Setores de direitos humanos do Maranhão e do
Pará travam uma luta que dura mais de dez anos contra a Vale. Além de
documentos e coleta de relatos, os autores acompanharam audiências públicas em
São Luís, no Maranhão, e em Marabá, sudeste do Pará.
A
cadeia ilegal da exploração madeireira também consta na coletânea de textos. Os
autores além de dados oficiais, ouviram vários setores envolvidos no processo. O
texto inédito foi uma encomenda de um grande site por conta da COP 21,
Conferência Climática ocorrida em 2015. Por
conta da crise, texto não foi publicado.
A
comunicação popular é o tema do terceiro e último volume da coleção. Nele,
parte da experiência de jornais e rádios do campo democrático do estado será recuperada. O plano é lançar somente em 2018.
Colaboração
e parceria conformam a iniciativa, onde o autor contou com o apoio de revisores,
diagramadores, gente que fez cessão de fotos, e por aí vai. Antes de qualquer
coisa a série Arenas Amazônicas é uma iniciativa coletiva, que apesar dos
ventos contrários segue em resistência.
CAMPANHA
– Os autores estão fazendo uma campanha com vistas a bancar o trabalho de diagramadores
e revisores do segundo volume. As pessoas
que apoiarem terão nome publicado numa seção especial da obra.
Faça
a sua doação!
Caixa
Econômica Federal/ Conta Poupança
Rogerio
Henrique Almeida
Agência
- 3229
Conta
– 15920-0
A
campanha segue até o dia 10 de outubro.
Os
apoiadores devem enviar email para araguaia_tocantins@hotmail.com
para a inclusão do nome na lista.
Baixe o volume I AQUI
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