2ª edição trata da
Assembleia Geral, eleição e cadastro ambiental em terra quilombola
Lamparina é um
instrumento rústico usado para iluminação em zonas rurais país a fora. É feito de lata ou zinco. Um pano (pavio ou morrão)
serve de recurso para acender o fogo. O
querosene é utilizado como combustível. Ainda hoje é encontrado nos sertões do
Brasil.
Lamparina nomeia o
boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STR) do município de Santarém, região
do Baixo Amazonas, irrigada pelos rios-mar Tapajós e Amazonas, principais vias
de deslocamento de pessoas e produtos. Além dos rios a BR 163 conecta o oeste
paraense ao Centro Oeste do país.
A rodovia criada no
regime militar é a estratégica para o escoamento da monocultura da soja. A produção tem pressionada áreas definidas
como projetos de assentamentos e unidades de conservação. Santarém, Belterra,
Itaituba e Mojuí são os municípios mais impactados.
Barcos grandes, aqueles em que as pessoas viajam em redes,
constituem a principal forma de transporte. Eles realizam viagens para as
cidades vizinhas do próprio Pará: Óbidos, Alenquer, Juruti, Itaituba, Belém; e
para as capitais de estados fronteiriços: Manaus e Macapá.
Lamparina
–
O impresso existe desde
a década de 1980. Nasceu para registrar as lutas populares dos trabalhadores da
região, e servir de mecanismo de formação política. Jaime Cunha Mendes diretor
do STR conta que um documentário homônimo ao boletim iluminou sobre a
necessidade de criação de veiculação de comunicação dos trabalhadores\as. O
filme tratava da luta sindical contra os pelegos.
O jornal é tributário
da memória de luta pela terra na região. Este ano ele voltou a ser editado. Em
setembro saiu a edição de número 02. Ela é composta de seis páginas impressas
em policromia, formato A4.
Na página principal do
boletim o editorial alerta para o ano eleitoral, e a necessidade de zelo na
hora de escolher dos representantes políticos. A mesma página anuncia a entrega
do certificado do Cadastro Ambiental Rural (CAR), em comunidades quilombolas do
Baixo Amazonas. Conforme a matéria, trata-se da primeira experiência em área
remanescente de quilombo do Brasil.
As demais páginas
informam a participação do STTR no Encontro Nacional de Agroecologia, ocorrido
em maio, em Juazeiro, na Bahia; o seminário da juventude rural, onde entre
outros assuntos foi tratado o protagonismo juvenil, educação e políticas
públicas.
A edição de número nº
02 ilumina ainda que em março o STTR realizou uma assembleia geral
extraordinária. A mesma serviu para a apresentação de prestação de contas,
eleição de delegados, e a posse da nova diretoria da Casa Família Rural (CFR), e esclarecimentos sobre as linhas de crédito
do Banco da Amazônia.
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