No dia quatro de
setembro de 2013 D. Diana Ribeiro, 54, enterrou o filho o Francisco, 28. Foi o terceiro a ser sepultado. Todos eram hemofílicos.
O caçula era pai de um garoto. Em cinco
anos D. Diana se despediu de três entes, o marido e dois filhos.
A trabalhadora rural argumenta
que o filho agonizou por três dias. A morte dele poderia ter sido evitada se o
Hemopa de Altamira, sudoeste paraense, tivesse fornecido o remédio Fator 8. Quando
o medicamento chegou na cidade o rapaz já havia falecido.
O drama de Ribeiro
aumentou ao saber que o hemocentro da cidade tinha em seus armários 12 mil
caixas de Feba, um medicamento mais forte que o Fator 8, e que poderia ter
salvo Francisco.
Conforme Dona Diana, no
Hemopa os funcionários não conheciam o medicamento. A senhora de semblante triste e cansado agora
inicia uma via crucis por justiça. Na
Defensoria do Estado ela busca por reparação.
“Enterrei meu último
guerreiro. Uma morte que poderia ter sido evitada se os funcionários do Hemopa
conhecessem o medicamento”, lamenta Ribeiro.
D Diana mora na
periferia de Altamira com o neto e uma filha adotiva. A audiência com o
defensor foi agendada para março.
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