Territorialização do campesinato no
sudeste do Pará, dissertação laureada com o Prêmio NAEA\2008 recupera 20 anos
da história recente do campesinato da região, considerada uma das mais tensas
na luta pela terra do país.
O livro de Rogério Almeida será lançado no dia 01
de maio, às 19h, no estande do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA\UFPA),
durante a Feira Pan Amazônica do Livro.
A pesquisa foi orientada pela Dra Rosa Elizabeth Acevedo Marin, e teve a avaliação dos doutores Gutemberg Guerra e Maurílio de Abreu Monteiro. Uma banca de examinadores externos indicou o trabalho para publicação.
A segunda dissertação selecionada para publicação foi Brazilian Migration to Guyana as a Livelihood Strategy: a case study approach, de Hisakhana Pahoona Corbin.
A investigação de Almeida recompõe fragmentos do
período que compreende os anos 1987-2007. A criação do primeiro Projeto de Assentamento da região, o PA Castanhal Araras, localizado no município de São João do Araguaia constitui passo inicial do reconhecimento pelo Estado das demandas camponesas no sudeste paraense.
A partir de tal episódio o autor
aborda as mediações por que passaram as entidades de representação camponesa,
até se afirmar como sujeito econômico, político e social numa área de fronteira
na Amazônia. Almeida trata da presença da Igreja Católica, ONG´s, partidos
políticos e da própria universidade através do Centro Agro-ambiental do
Tocantins (CAT).
A territorialização camponesa
iniciada ao apagar das luzes da década de 1980, além da dimensão física
registra a construção de representações políticas e institucionais. Tais como a efetivação de uma regional da
FETAGRI, o MST e a recentemente criada Federação dos Trabalhadores Rurais na
Agricultura Familiar (FETRAF).
Trata-se de uma cidadania conquistada e não
concedida, que ultrapassa os limites da mera análise física da reconfiguração
da região.
Rogério Almeida percorre a região
desde 1997 e entre os anos 1999 a 2003 foi vinculado ao Centro de Educação,
Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (CEPASP), ONG com sede em Marabá,
coordenada pelo educador Raimundo Gomes da Cruz Neto, onde prestou serviço de assessoria.
Territorialização do campesinato é o
terceiro livro de Almeida. Em 2006 lançou a obra Araguaia-Tocantins: fios de
uma História camponesa, coletânea de reportagens sobre o Bico do Papagaio,
norte do Tocantins, oeste do Maranhão e sudeste do Pará, pela rede Fórum Carajás.
Em 2008 colaborou como pesquisador e organizador do conteúdo de uma publicação da ONG do Baixo Tocantins, Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (APACC), que retrata a experiência em agroecologia no entorno de Cametá.
Com financiamento do Banco da
Amazônia lançou no fim do ano passado Pororoca pequena: marolinhas sobre a(s)
Amazônia de Cá.
O autor tem produzido materiais jornalísticos e acadêmicos e integrado equipes na organização de conteúdos sobre a região de Carajás.
Sempre que pode atualiza o blog Furo e escreve para a Agência Carta Maior.
Serviço
Lançamento do livro Territorialização do campesinato no sudeste do Pará
Feira Panamazônica do Livro
Estande do NAEA-UFPA
Hora- 19h
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