Acaba de ser publicado o Dossiê nº 4, em comemoração aos 25 anos de existência do Jornal Pessoal, do jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto. São mais de 500 números, onde o jornalista narra a sua saga para tornar esse pequeno veículo uma realidade feita com muita luta e tenacidade. Leia mais no OI
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
25 anos do Jornal JP - Benedito Carvalho Filho analisa
Acaba de ser publicado o Dossiê nº 4, em comemoração aos 25 anos de existência do Jornal Pessoal, do jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto. São mais de 500 números, onde o jornalista narra a sua saga para tornar esse pequeno veículo uma realidade feita com muita luta e tenacidade. Leia mais no OI
Livro - publique o seu
Pelo menos uma dezena de empresas - brasileiras e internacionais - oferece serviços de editoração, publicação e impressão de livros. Com esses serviços, o autor pode diagramar sua obra da forma que quiser, definir qual será a aparência da capa e mandar imprimir a quantidade de livros que desejar. Há casos em que o autor pode encomendar um único exemplar. Além do formato físico, é possível deixar o material à venda em diversas lojas de livros eletrônicos. Leia matéria do Valor no site IHU
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Lutas, revoltas e levantes populares são temas de agenda do NPC
NPC lança Agenda de 2013 sobre Lutas, Revoltas, Levantes e Insurreições Populares no Brasil dos séculos 19, 20 e 21
O
Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) vem produzindo, nos últimos
anos, agendas que servem como material de formação diária para seus
leitores. Elas já abordaram temas como comunicação, luta das mulheres no
mundo e história dos trabalhadores do Brasil. Para 2013, o NPC
organizou uma Agenda que apresenta um grande número de revoltas, motins, insurreições e revoluções
que o nosso povo fez ao longo de sua história. O objetivo é combater a
visão difundida e reforçada diariamente de que “brasileiro é bonzinho”,
pacífico, e não briga e nem luta por seus direitos.
A
cada dia são apresentadas doses homeopáticas das várias mobilizações,
levantes e ações ocorridas no Brasil inteiro, desde o século 19 até os
dias atuais. Além dessas notas curtas, na abertura de cada mês há textos sobre diversos acontecimentos, como
a Cabanagem, a Insurreição dos Malês, a Revolta da Chibata, as Ligas
Camponesas, o Abril Vermelho do MST, o Comício da Central do Brasil, a
Passeata dos 100 Mil, o Contestado, Manoel Congo, a Revolta da Vacina e
inúmeras greves que tivemos em nossa história. Esses artigos foram
escritos por pesquisadores, jornalistas, sindicalistas e militantes convidados pelo NPC.
Como diz a jornalista Claudia Santiago, “a
história de resistência dos trabalhadores do nosso país não começou no
estado de São Paulo, no final da ditadura civil-militar, como podem crer
as gerações mais novas. Nem no ano de 1922, com a Fundação do Partido
Comunista Brasileiro; ou em 1906, com a decisão de fundação da
Confederação Operária Brasileira. Antes disso, muita gente brigou no
Brasil. E o século XIX foi rico de lutas, embora a história de
resistência tenha começado bem antes”. É essa longa história de combates
e resistência que a Agenda apresenta a cada dia.
Acreditamos que este belo material precisa ser adquirido por estudantes, professores, militantes sociais, sindicalistas e todos
aqueles que querem saber mais sobre a história dos lutadores de nosso
país. Cada agenda custa R$ 20,00. Ela está sendo vendida na Livraria
Antonio Gramsci, que fica na Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo,
Cinelândia (ao lado do Teatro Dulcina), Rio de Janeiro. Aceitamos pedido
para envio por correio. Basta enviar um e-mail para livraria@piratininga.org.br. Ou então ligar para o número (21)2220-4623.
Pará na fita do Prêmio Multishow
Gang Do Eletro e Gaby Amarantos estão entre os vencedores do Prêmio Multishow 2012. Veja a lista AQUI
PA - desmatamento em áreas protegidas fica impune
Giovana Girardi
O Imazon faz mensalmente um monitoramento, com imagens de satélite, da perda de cobertura florestal na Amazônia e envia alertas para os órgãos fiscalizadores, como Ibama e Secretaria do Meio Ambiente do Pará. Naquele ano, começou a mandar representações também para o Ministério Público Federal, que se comprometeu a cobrar dos órgãos de fiscalização a verificação em campo e iniciar ações para punir os infratores. Matéria do Estadão replicada no IHU
terça-feira, 18 de setembro de 2012
PA perde R$ 9 bilhões com Lei Kandir, informa pesquisa da UFPA
A lei complementar federal n.º 87, de 13 de setembro de 1996, conhecida como Lei Kandir, estabeleceu normas gerais para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de competência dos Estados e do Distrito Federal, bem como para a isenção genérica de produtos e serviços destinados à exportação, abrangendo produtos primários e semielaborados. Com o objetivo de fazer a análise jurídica e dos efeitos fiscais causados pela Lei, no Estado do Pará, o estudante do Programa de Pós-Graduação em Direito, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Victor Souza, desenvolveu a pesquisa Renúncia Fiscal Heterônoma de ICMS na Exportação no Estado do Pará, sob a orientação do professor Calilo Jorge Kzan Neto. Leia mais na UFPA
Conferência sobre sociedade, política e natureza abre encontro da ANPPAS na UFPA
A conferência do mexicano Enrique Leff sobre sociedade,
política e natureza abre oficialmente hoje, às 19h, no Centro de Convenções da
UFPA, o Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em
Ambiente e Sociedade (ANPPAS).
A reflexão sobre projetos
hidrelétricas na Amazônia foi animada pelas professoras da UFPA Sônia Magalhães
e Edna Castro, a partir das 9:00 h, antecedeu a abertura oficial.
Após a conferência de Lefff,
haverá lançamento de publicações, entre elas do livro Pororoca pequena-
Marolinhas sobre a (s) Amazônia (s) de Cá, autoria de Rogério Almeida.
Confira a programa AQUI
Conferência sobre sociedade, política e natureza abre encontro da ANPPAS na UFPA
A conferência do mexicano Enrique Leff sobre sociedade,
política e natureza abre oficialmente hoje, às 19h, no Centro de Convenções da
UFPA, o Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em
Ambiente e Sociedade (ANPPAS).
A reflexão sobre projetos
hidrelétricas na Amazônia foi animada pelas professoras da UFPA Sônia Magalhães
e Edna Castro, a partir das 9:00 h, antecedeu a abertura oficial.
Após a conferência de Lefff,
haverá lançamento de publicações, entre elas do livro Pororoca pequena-
Marolinhas sobre a (s) Amazônia (s) de Cá, autoria de Rogério Almeida.
Confira a programa AQUI
Pantanal ameaçado - Moreira explica o cenário
Os impactos ambientais estão na área de planalto nos afluentes do Paraguai, onde estão localizadas as monoculturas de soja, milho, arroz e a pecuária extensiva, que, em geral, com base no mau uso do solo, promovem desmatamentos provocando erosões nos rios. Um grande problema apontado pela pesquisadora Débora Calheiros (EMBRAPA/PANTANAL), são as usinas hidrelétricas nos afluentes do rio Paraguai. “As hidrelétricas já afetam a principal bacia do sistema, a do rio Cuiabá. Leia mais no IHU
Ouro no vale do Xingu- MPF vai investigar projeto canadense
O Ministério Público Federal em Altamira abriu procedimento para investigar o projeto Belo Sun Mining, que pretende instalar, de acordo com sua própria propaganda, a maior mina de ouro do Brasil na Volta Grande do Xingu, ao lado do local diretamente impactado pela usina hidrelétrica de Belo Monte. O projeto está sendo licenciado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (Sema) e uma audiência pública foi realizada no último dia 13 de setembro, na cidade de Senador José Porfírio. Leia mais no MPF
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Racismo - Nota da Uepa
A Gestão Superior da Universidade do Estado do Pará (Uepa) lamenta profundamente o acontecimento ocorrido na portaria do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) na noite de sexta-feira, dia 14. E informa que a partir desta segunda-feira, dia 17, a Ouvidoria da instituição vai tomar medidas administrativas para apurar os fatos, assegurado o direito à ampla defesa. Leia mais AQUI
Seminário discute territórios amazônicos
Lúcio Flávio Pinto e o antropólogo
Alfredo Wagner Berno de Almeida são os debatedores com mais visibilidade no
seminário que reflete sobre a disputa pelo território em terras amazônicas.
O seminário ocorre na manhã do
dia 21, sexta, no auditório do Básico I, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O evento integra o projeto Nova Cartografia Social da Amazônia.
A mediação será da professora
Rosa Acevedo. A mesa conta ainda com Oriana Almeida e Pedro Ramos de Sousa
Goldemberg analisa o papel das universidades
A universidade está sob ataque e os atacantes são internos e externos. Entre os "inimigos" externos, um dos mais atuantes no momento é Peter Thiel, um importante executivo americano da área de informática que oferece bolsas para que estudantes abandonem as universidades e criem empresas nos Estados Unidos e na Europa, onde já existe, segundo ele, suficiente tecnologia disponível. Leia mais no IHU
2013 - governo vai gastar 42% do orçamento com pagamento da dívida pública
Quase a metade do orçamento federal do próximo ano, exatos 42%, está destinada ao pagamento da dívida pública brasileira. Dos 2,14 trilhões de reais, 900 bilhões serão gastos com o “pagamento de juros e amortizações da dívida pública, enquanto estão previstos, por exemplo, 71,7 bilhões para educação, 87,7 bilhões para a saúde, ou 5 bilhões para a reforma agrária. Ao auditora fiscal Lúcia Fattorelli explica ao IHU
Racismo ao tucupi
O conhecimento é para libertar, reza um princípio iluminista. No Pará uma jovem doutora em Antropologia da Universidade Estadual do Pará (Uepa) tratou um porteiro da instituição com palavras preconceituosas, assim indica um vídeo amador.
Macaco, burro e palhaço são os
adjetivos que a professora Daniela Cordovil tratou o vigilante Ruben Santos. Ela leciona a
disciplina sobre estudo afro religiosos. Leia a íntegra no DOL
domingo, 16 de setembro de 2012
Polêmica - Desde sempre Globo concentra verbas federais
CartaCapital tem sido sistematicamente acusada de receber enormes quantias em publicidade do governo federal para defendê-lo. A revista seria “chapa-branca”, como gostam de repetir alguns. Aos que costumam se fiar neste argumento para nos atacar, recomendamos a leitura dos dados de investimentos publicitários da União publicados pela Folha de S. Paulo nesta quinta-feira 13. A lista, disponibilizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e compilada pelo jornal, mostra quem é quem entre os beneficiários de recursos oficiais de publicidade. Primeira constatação: dez veículos de comunicação concentram 70% do dinheiro. CartaCapital não está neste grupo. Cerca de 3 mil veículos recebem anúncios federais. Leia mais AQUI
Relatos sobre as terras do Maranhão
São Luís é uma ilha cercada de
bosta por todos os lados. As placas nas praias avisam que o mar não está para
gente. Ainda assim nativos e estrangeiros desfrutam do caldo fecal, que não existia
quando os franceses aportaram num 08 de setembro de um distante 1612. Assim reza a lenda.
O fim era erguer uma Paris nos
trópicos. Daniel da La Touche, o senhor
de La Ravardiére é o acusado pela peripécia, que fundou o forte, que foi por
muito tempo o palácio do governo. Ravardiére batiza avenidas ruas, escolas.....o
nome da cidade é um mimo para o rei Luís XIII. Dos fundadores restou apenas o
nome. Os portugas tomaram de conta do quinhão. A eles é creditado o mérito do
rico casario colonial.
O Atlântico Sul banha a Ilha
Grande (Upan-Açu), espremida entre as baías de São Marcos e São José de
Ribamar. No mar coalhado de coliforme
fecal o banhista pode avistar uma penca de navios. Quando estive na capital do
Maranhão foi possível contar pelo menos uns 20. São eles que colaboram com o
saque do minério extraído do coração da Amazônia, na Serra do Carajás, sudeste
do Pará.
Nos trilhos da Ferrovia de
Carajás correm por dia cerca de 30 milhões de reais. Os trens da Vale serpenteiam
sem cessar por entre aldeias, projetos de assentamentos rurais, vilas, pobres cidades
até alcançar o porto em São Luís.
A capital de um dos estados mais
ferrados da nação somou 400 anos. Ela tem se verticalizado vertiginosamente. A cidade parece congelada no tempo. Os
governos se sucedem e insistem em propagar a capital do Maranhão como um bibelô
turístico.
A parada soa estranha. As fezes
reinam nas praias, enquanto nos feriados prolongados os atrativos históricos
ficam fechados. Para não falar no atendimento limitado. Equação complicada nas vésperas
de eleições, onde tudo parece velho. Sem falar no precário abastecimento de
água. Um dia sim. Outro dia não.
O atual prefeito, João Castelo,
que busca reeleição foi governador na década de 1980, quando a cidade passou a
sediar a fábrica de alumínio estadunidense Alcoa. Cabia ao professor Nascimento
Morais botar a boca no trombone sobre os abusos do capital internacional, e os
desastres ambientais que a mesma fomentava, e ainda produz.
Uns colegas da cidade haviam
informado que tudo estava uma bela merda. Calculei que iria encontrar uma cidade
bem pior, se comparando com Belém, uma hecatombe administrativa. Talvez por São
Luís ser menor, as mazelas não saltem tanto aos olhos, como na capital
paraense: lixo, trânsito caótico, informalidade e má educação.
Em breve Belém somará os mesmos
400 anos que os governantes do Maranhão celebram da capital dos Sarneys. Enquanto
no interior um surto de meningite assola o sul do estado, que abriga um polo de
soja, artistas nacionais como Ivete Sangalo, Alcione, Zeca Pagodinho e até o
Rei Roberto Carlos cantam na concha acústica da Lagoa da Jansen.
O logradouro é uma máquina de
grana. Tantos foram os projetos de saneamento ao longo dos anos. Explica o
poeta, cordelista, jornalista, cantor, compositor e dramaturgo César Teixeira,
o fedor da Lagoa resulta do processo de urbanização da cidade, que vedou o
fluxo das águas do lugar com o Atlântico.
Teixeira soma mais de 50 anos. É
dono de um corpo franzino. Tem a fala mansa e sem pressa. Lembra Martinho da
Vila. O encontrei no Centro Histórico de São Luís, conhecido como Reviver. Apresentava
o lugar para a paraense Maria Trindade, quando deparei com o poeta amansando o
calor com uma cerveja no Restaurante Antigamente. Havíamos deixado uns exemplares do Pororoca
pequena na Livraria Poeme-se, do amigo Riba.
Na livraria é possível encontrar uma
série de publicações sobre a cidade. Tudo motivado pela celebração da data
redonda. Umas possuem financiamento
público ou da mega mineradora Vale, que bem sabe neutralizar mídia, intelectuais
e governos com as suas estratégias de marketing ou responsabilidade social.
Voltei a esbarrar com o poeta. Desta
feita no Bar da Dica, perto do antigo puteiro da Faustina, no mesmo Reviver. A
prosa foi mais longa. Falamos de música, política, putaria, cenário cultural de
Belém e outras coisas. O sol já repousava sobre o mar que leva até Alcântara, quando
nos despedimos amistosamente.
Alcântara abriga a base de lançamento
de foguetes da Aeronáutica. Alcântara é terra
ancestral de negros. A população quilombola tem sido continuamente desrespeitada
pelo estado brasileiro, e tem colecionado sérios problemas para a garantia de
sua reprodução social, cultural e econômica.
Dizem que São Luís é uma cidade encantada.
Talvez isso explique a esdruxula aliança que consagrou o PT na vice governança
do estado, que tem como chefe nada mais, nada menos que a filha do Sarney, a Roseana.
Já até perdi as contas de quantas vezes
a moça foi chefa da província.
É ela quem endossou a candidatura
do dirigente sindical de servidores públicos federais Washington Luiz ao cargo
majoritário nas eleições municipais. Disputa que aprofundou a crise de disputa
interna do partido de Lula. Luiz contrariado vetou a veiculação no horário da
TV e Rádio os reclames do candidato a vereador Marlon Botão.
O motivo da censura é que Botão
não insere em suas peças de campanha o nome do majoritário. O candidato a edil
conseguiu reverter o quadro, e visibilidade no horário eleitoral do partido que
antes defendia a liberdade de expressão. Ao menos em tempos de ditadura.