Dedicou-se ao jornalismo científico desde a década de 1950. Foi
um dos fundadores da Associação Ibero-Americana de Jornalismo Científico, em
1969, da qual foi secretário-geral, e da Asociación Española de Periodismo
Científico, em 1971, da qual foi presidente de honra – a entidade é atualmente
conhecida como Asociación Española de Comunicación Científica. Leia mais em OI
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Notícias do Planalto: quem as dá agora?
Lúcio Flávio Pinto
Duas décadas se passaram desde o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. Também transcorreram 13 anos da publicação de um dos livros de jornalismo que mais polêmicas provocaram, ao tratar justamente do traumático acontecimento de outra perspectiva: tomando os jornalistas como protagonistas. Passado tanto (ou tão pouco) tempo, conforme a ótica, tudo está virado. Talvez nenhuma pitonisa de 1992, quando Collor foi afastado, ou em 1999, quando o livro foi publicado, pudesse prever o que se sucederia. Leia mais no OI
Duas décadas se passaram desde o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. Também transcorreram 13 anos da publicação de um dos livros de jornalismo que mais polêmicas provocaram, ao tratar justamente do traumático acontecimento de outra perspectiva: tomando os jornalistas como protagonistas. Passado tanto (ou tão pouco) tempo, conforme a ótica, tudo está virado. Talvez nenhuma pitonisa de 1992, quando Collor foi afastado, ou em 1999, quando o livro foi publicado, pudesse prever o que se sucederia. Leia mais no OI
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Museu Afro digital é tema de seminário na UFMA
Com o tema Museu Afro-digital e Política Patrimonial, a Universidade Federal do Maranhão realiza no período de 27 a 29 de agosto, no Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), o III Seminário do Museu Afro-digital, que vai apresentar as discussões dos trabalhos e pesquisas relacionadas ao Museu Afro-digital (MAD). Leia mais no site da UFMA
Declaração do Encontro Nacional Unitário de Trabalhadores e trabalhadoras, povos do campo das águas e das florestas
Após séculos de opressão e resistência, “as massas camponesas oprimidas e exploradas”, numa demonstração de capacidade de articulação, unidade política e construção de uma proposta nacional, se reuniram no “I Congresso Nacional dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas sobre o caráter da reforma agrária”, no ano de 1961, em Belo Horizonte. Já nesse I Congresso os povos do campo, assumindo um papel de sujeitos políticos, apontavam a centralidade da terra como espaço de vida, de produção e identidade sociocultural. Leia mais na página do Encontro
Apenas 2% dos mortos e desaparecidos políticos no campo foram reconhecidos pelo Estado
As graves violações de direitos humanos cometidas direta e indiretamente pelo Estado brasileiro entre 1961 e 1988 tiveram uma expressão devastadora no meio rural. É o que revelam números finais de uma pesquisa coordenada pelo Projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República. A investigação dá conta da morte e desaparecimento de 1.196 pessoas, na grande maioria lideranças de lutas coletivas que atuavam em organizações sociais do campo, em geral a favor de reforma agrária. Leia mais em Brasil de Fato
Caso Doroth Stang - Nota da CPT sobre a decisão do STF
Dois fatos ocorridos nos últimos dias envolvendo o Poder Judiciário e acusados de serem mandantes de crimes de lideranças rurais ajudam a explicar a gravidade dos conflitos no campo e a permanência da impunidade que beneficia os criminosos.
O primeiro caso ocorreu em Marabá no dia 09 passado, quando o Juiz Murilo Lemos Simão impronunciou o fazendeiro Vicente Correia Neto e os pistoleiros Valdenir Lima dos Santos e Diego Pereira Marinho acusados do assassinato do líder sindical Valdemar Barbosa de Oliveira, o Piauí, crime ocorrido em junho de 2011. De acordo com depoimento prestado pelo pistoleiro Diego Pereira Marinho o fazendeiro Vicente Correia pagou o valor de 3 mil reais para que a dupla assassinasse o sindicalista.
A confissão do pistoleiro foi sustentada em depoimentos prestados perante a polícia civil de Marabá e acompanhada pela imprensa local. Os dois pistoleiros foram presos após terem praticado outros crimes em Marabá. De acordo com informações da polícia, a dupla já assassinou mais de 20 pessoas na região. Após serem presos, Diego prestou novo depoimento perante a polícia afirmando que estava sendo ameaçado na cadeia e que o advogado do Fazendeiro Vicente Correia lhe mandou um recado através de Valdenir que se ele negasse o crime perante o Juiz seria financeiramente recompensado. O que ele fez posteriormente.
Mesmo com todas essas provas, o juiz absolveu o fazendeiro e os dois pistoleiros. Murilo Lemos Simão é o mesmo juiz que se negou, por duas vezes, a decretar as prisões do fazendeiro e dos dois pistoleiros acusados do assassinato do casal de extrativista em Nova Ipixuna em maio do ano passado.
O segundo caso ocorreu no dia de ontem. O Ministro Marco Aurélio Melo do STF deferiu liminar em HC, e mandou colocar em liberdade o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, condenado pelo tribunal do júri, a uma pena de 30 anos de prisão por ser um dos mandantes do assassinato da missionária Doroty Stang, crime ocorrido em fevereiro de 2005, em Anapú.
O mesmo pedido feito pela defesa de Regivaldo foi negado pelo Tribunal de Justiça do Pará e pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ. Na decisão desses dois tribunais, Regivaldo deveria continuar preso em razão do modo como o crime foi praticado e devido o poder econômico que possui pois poderá fugir para não ser novamente preso. Fato já ocorrido em relação aos mandantes do assassinato do sindicalista João Canuto, assassinado em Rio Maria e 1985. Os dois fazendeiros condenados nunca foram presos após terem seus recursos julgados pelos tribunais superiores.
Decisões como a do Juiz Murilo Lemos de Marabá e do Ministro Marco Aurélio Melo do STF contribuem para o acirramento dos conflitos e a permanência da impunidade em um Estado que tem sido campeão de crimes no campo no Brasil.
Marabá, 22 de agosto de 2012.
Comissão Pastoral da Terra – CPT diocese de Marabá.
Economia - professor Cano avalia desindustrialização
Em sua avaliação, o Brasil vivencia um processo de desindustrialização desde 1994, e o Estado não elabora políticas macroeconômicas que favoreçam a política industrial porque “aceita o jogo internacional”. Ele esclarece: “No final dos anos 1980, o país aceitou o neoliberalismo, aceitou a independência do Banco Central, as regras da Organização Mundial do Comércio – OMC, e parece que não quer brigar com ‘essa gente’ e disputar algo no mercado internacional”. Leia mais em IHU
Escola de Agroecologia MST\PA diploma primeira turma
O Centro de Estudos e Formação em Agroecologia e Cultura Cabana (Cefac) realiza curso de formação para jovens de assentamentos e acampamentos do MST. O curso é realizado no Assentamento Luiz Carlos Prestes, município de Irituia, e tem como um de seus objetivos formarem novos quadros e militantes para as lutas por reforma agrária e para as lutas sociais.
Oriundos de cinco áreas organizadas pelo MST, os militantes tem se dedicado a estudar temas relacionados aos desafios dos movimentos sociais do campo como a história da luta pela terra, os mecanismos de funcionamento da sociedade, a teoria da organização, questão de gênero e os princípios da cooperação e da agroecologia, elementos fundamentais para uma formação que contemple as diversas dimensões dos seres humanos.
Com o intuito de valorizar o trabalho em suas dimensões libertárias e criadoras, o curso trabalha com o tempo estudo e tempo trabalho onde os jovens militantes desenvolvem atividades práticas para resgatar alguns dos princípios fundamentais do MST como a solidariedade, o espírito de sacrifício, a cooperação e a disciplina consciente, além de contribuir no processo de reforma e construção do CEFAC.
Para o membro da Coordenação Estadual do MST – Pará Raimundo Nonato (Índio) a formação política de novos militantes deve se transformar em uma prioridade para os movimentos sociais do campo e o MST enfrenta este desafio com olhos direcionados a quem vai disputar e dirigir o mundo sonhado.
Nesta sexta-feira, 24 de agosto, acontecem o ato político de diplomação e encerramento da turma onde estarão presentes entidades como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), professores, aliados e amigos dos movimentos sociais em uma grande celebração camponesa que reafirmarão nossa disposição de luta.
Enviado pelo MST-PA
Enviado pelo MST-PA
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Terceira Margem - uma publicação sobre a Amazônia
O Centro Agroecológico
do Tocantins (CAT), ligado a Universidade Federal do Pará (UFPA) com sede em
Marabá foi uma experiência que buscou o diálogo entre a academia e a
representações do campo democrático da sociedade. O professor Jean Hébette foi
o coordenador da iniciativa.
Dois núcleos integravam
o centro: um acadêmico e outro popular. O último composto por dirigentes
sindicais rurais. Somou mais de duas décadas a trajetória do centro. Hoje o
campesinato do sul e sudeste do Pará encontra-se territorializado, as
representações políticas da categoria encaminhadas, outras tomaram outro rumo.
Os frutos do CAT estão
representados por vários elementos. Entre eles: artigos nacionais e
internacionais, alguns livros, arestas equacionadas sobre as diferenças de visão
sobre o processo e a formação de educadores e dirigentes. O CAT não existe
mais.
No presente momento, em
outro plano, nasce a Revista Terceira Margem, que em certa medida carrega em
sua gênese tal DNA. O número inaugural acabou de sair da gráfica. A edição é da
Expressão Popular e trás em mais de duzentas páginas reflexões sobre a
região.
Professores de vários níveis e gerações, agentes
pastorais, jornalistas protagonizam os artigos. O texto de apresentação da obra
explica: A Revista Terceira Margem Amazônia tem
como objetivo ser um veículo de divulgação de estudos, pesquisas e experiências
sociais, abrangendo trabalhos interdisciplinares envolvendo, direta ou
indiretamente, a realidade da região de modo a estimular o intercâmbio e o
debate entre a comunidade acadêmica científica e os atores sociais,
contribuindo para a produção de conhecimento acerca da região.
O nome da publicação é
uma referência aos autores Benedito Monteiro e Guimarães Rosa. O evento de
lançamento ocorre na Feira do Livro. Cada exemplar poderá ser adquirido por
R$20,00.
Revista: Terceira Margem Amazônia
Autor: Vários autores
Número de páginas: 224
Preço: R$ 20,00
Áreas de interesse: Sociologia, Ciências Sociais, Geografia, Educação
Editora: Outras Expressões
Contato: contato@revistaterceiramargem.com
A revista pode ser adquirida pelo site da livraria Expressão Popular ou ligar para (91) 3255 3855