*Daniel Leite
A festa era para celebrar o primeiro ano da Escola de Conselhos do Pará, vinculada ao Núcleo de Formação Continuada de Conselheiros Tutelares e de Direitos da Amazônia Paraense, mas, quem azedou a festa foi o Movimento Xingu Vivo. O evento ocorreu no dia 20, no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas, no campus do Guamá, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Tudo preparado com pompa e circunstância, quando do momento da fala do Marcelo Nascimento, representante da ministra de Maria do Rosário, da pasta de Direitos Humanos, os militantes contrários à construção da hidrelétrica do rio Xingu ocuparam o auditório com palavras de ordem e cartazes.
O movimento acusa o Ministério de não garantir o direito à manifestação do coletivo em uma audiência sobre a hidrelétrica em Brasília, e de não incluir no relatório da Comissão de Direitos Humanos os passivos do projeto junto às populações tradicionais do Xingu.
Os ativistas conseguiram o direito à fala no evento de Belém. Pronunciaram-se representando o Comitê Metropolitano Xingu Vivo, Rafael Correto e Anderson Castro. Anderson Castro leu na íntegra a nota pública “Águas para vida e não para morte”.
Os manifestantes denunciaram a atitude autoritária da Ministra Maria do Rosário, que no dia 19 de março restringiu a fala da sociedade civil, na reunião de Comissão de Direitos Humanos em Brasília, que iria denunciar as inúmeras violações aos direitos humanos que acontecem de forma constante em Altamira, por conta da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
A programação do seminário sobre Criança e Adolescente na Amazônia previa a discussão da Vivência Formativa para os pólos de Belém, Vigia e Castanhal, que envolvem os municípios da Região Metropolitana e Nordeste do Pará.
O ex-senador José Nery, do coordenador da Escola de Conselhos do Pará, Salomão Haje, representante do Fórum Continuado dos Conselhos Tutelares, Helenice Rocha e técnicos de órgãos especialistas na área da infância e da juventude, além de pessoas de programas culturais e oficinas temáticas para as crianças e adolescentes participaram do evento.
Daniel Leite é estudante de Comunicação da Unama, extensionista da Agência Unama Pelo Direito da Criança e do Adolescete
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