Inédito. Pela primeira na história de execuções de camponeses no Pará, um caso pode ir a julgamento antes do primeiro ano da data do assassinato.
Trata-se do casal de extrativistas mortos em Nova Ipixuna, José Cláudio e Maria do Espirito Santo.
No fim de julho do ano passado o Ministério Público denunciou José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento.
A praxe é que o processo, quando é instalado, somar mais de 10 anos na justiça paraense até chegar a julgamento, que quase sempre nunca alcançam os mandantes.
Exemplos históricos são os casos de João Canuto e Expedito Ribeiro. Ambos dirigentes camponeses no município de Rio Maria, sul do Pará, executados a mando de fazendeiros.
O primeiro morto em 1985 e o segundo em 1991. Os dois casos até irem a julgamento esperaram mais de uma década.
O caso de José Dutra da Costa (Dezinho), morto em 2000, no município de Rondon do Pará, sudeste do estado, sudeste a mesma balada.
Por conta da morosidade da justiça do Pará, o caso já é um emblema nos cortes da Organização dos Estados Americanos (OEA), contra o Estado brasileiro.
Ao se analisar os cenários de ampliação de grandes projetos na região, o prognóstico é que outras mortes virão. Isso já começou na região do Xingu, com a execução do assentado da reserva extrativista Riozinho do Anfrisio.
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