O MPT
(Ministério Público do Trabalho) de Campos vai abrir inquérito para
investigar denúncias de más condições de trabalho e descumprimento de
obrigações trabalhistas nas obras do Complexo do Porto do Açu, do empresário Eike Batista, em São João da Barra (a 320 quilômetros do Rio de Janeiro).Matéria da Folha replicada no IHU
sábado, 2 de abril de 2011
quinta-feira, 31 de março de 2011
''As redes sociais ajudam a democracia''. Entrevista com Manuel Castells
Nos últimos anos e também no seu livro mais recente, Comunicação e Poder, Manuel Castells
teorizou sobre a instauração de um progressivo equilíbrio entre os
velhos poderes midiáticos (comunicação de massa, entretenimento,
sociedade de telecomunicações, produções televisivas etc.) e as novas
oportunidades oferecidas pela telefonia móvel, pelas redes sociais e por
todos aqueles dispositivos quase sempre mais difundidos em nível
global. Parece ter se tratado de um balanço sem um resultado
predeterminado. O que está atualmente ocorrendo no mundo árabe parece,
de repente, convalidar o fim desse equilíbrio. Matéria do La Republica publicada no site do IHU
Movimentos sociais e os operários e atingidos pelas usinas de Jirau e Santo Antônio
Nós, do Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB, da Plataforma BNDES e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil),
tomamos uma iniciativa conjunta com as demais organizações que assinam
este documento, de manifestar solidariedade pública à legitima luta dos
operários e atingidos destas duas usinas. Também estamos denunciando e
reivindicando que o Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia reveja sua
decisão e cancele imediatamente a multa diária de R$ 50.000 sobre a
organização dos operários (STICCERO/CUT) e reconheça a greve dos operários da Usina de Santo Antônio como legítima. Leia mais no IHU
A Vale é uma mina para a mídia?
Tentando
refletir sobre a influência mediática da Vale, especialmente
amplificada nesse período de intensos debates sobre a substituição de
seu CEO Roger Agnelli, Justiça nos Trilhos oferece aos leitores essa
análise irônica e crítica encontrada em alguns blogs que aprofundam o
tema do poder da comunicação. Leia mais AQUI
Impactos das mudanças climáticas na Amazônia podem inviabilizar Belo Monte
Belo Monte, um empreendimento hidrelétrico que consumirá mais de R$
20 bilhões para sua construção, poderá no mais drástico dos cenários de
alterações climáticas perder mais de 80% de sua receita anual até 2050,
como resultado de uma diminuição da vazão do Rio Xingu.
Isso é o
que apontam dados preliminares de um estudo em desenvolvimento pelo
WWF-Brasil no âmbito da parceria HSBC Climate Partnership por
consultores especializados em hidrologia e mudanças climáticas. O
estudo analisa a vulnerabilidade climática da produção de
hidroeletricidade na região Norte do país com enfoque em alguns grandes
empreendimentos como a usina hidrelétrica de Belo Monte. Matéria do WWF publicada no site Amazônia
MPF processa bancos por financiarem o desmatamento na Amazônia
Ação também pede desburocratização e melhores linhas de financiamento para produtores em
processo de regularização além de obrigar o Incra à emissão de CCIR
O Ministério Público Federal no
Pará ajuizou hoje (31/03) ações civis públicas contra o Banco do Brasil e
o Banco da Amazônia por terem concedido financiamentos com dinheiro
público a fazendas com irregularidades ambientais e trabalhistas no
Estado. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
também é réu nos dois processos pela total ineficiência em fazer o
controle e o cadastramento dos imóveis rurais na região. Leia mais no MPF
Empresa com trabalho escravo tem financiamento federal
Por Bianca Pyl e Maurício Hashizume
O grupo móvel de fiscalização libertou 20 pessoas de trabalho
análogo à escravidão em carvoaria do Tocantins. A ação, realizada no mês
passado, teve participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF). O flagrante ocorreu na Carvoaria Pedra Branca, localizada em
Natividade (TO), de propriedade da empresa Carvoaria S e A Ltda. ME,
cujo representante legal é Antônio Carlos Lima. De acordo com o
cadastro na Receita Federal, o nome fantasia da empresa é Carvoaria
Dois Irmãos. Matéria do Repórter Brasil replicada em Ecodebate
quarta-feira, 30 de março de 2011
Guerrilha do Araguaia - Major Curió foi preso por porte ilegal de armas
Às vésperas do aniversário do golpe militar
VANNILDO MENDES
O oficial da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura,
testemunha chave e um dos comandantes da repressão da guerrilha do
Araguaia, foi preso em sua residência ontem e responderá processo
criminal por porte ilegal de armas. A prisão se deu durante a busca e
apreensão de documentos sobre a guerrilha que o Major Curió, como é
conhecido, guarda em sua residência. Encaminhado ao Batalhão de Polícia
do Exército, por ser militar, ele foi liberado por habeas corpus no
mesmo dia. Leia mais em Agência Estado
Desenvolvimento para a Amazônia – os grandes projetos como discurso único
Até o início da década o debate sobre a Amazônia
gravitava em torno do incremento da BR 163, que liga Santarém, oeste do Pará à
Cuiabá, capital do Matogrosso. A rodovia é um ingrediente das modalidades
de transporte que configuram um dos eixos de integração planejados para a
região. Os demais elementos do eixo de transporte são ferrovias e hidrovias.
Repaginar a BR 163 tem como objetivo a redução do
custo no escoamento da produção de grãos do Centro Oeste do país. Tudo bancado
com recursos públicos a partir da generosidade dos cofres do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As atividades do banco transbordam
as fronteiras nacionais e alcançam o continente. Analistas sobre o assunto
apontam que o BNDES superou em importância o Banco Mundial.
A base da economia da Amazônia continua a mesma
desde a presença dos primeiros saqueadores, o extrativismo. A situação do saque
se agrava posto a Lei Kandir, -cria do útero do PSDB -, garantir a isenção na
exportação de produtos primários e semi-elaborados. Somos duplamente saqueados
Além de transporte, telecomunicações e energia
completam a santa trindade de integração da Amazônia. No derradeiro eixo,
energia, a criação de consórcio tem norteado o cenário nacional. Tais
empreendimentos mobilizam cifras estratosféricas, casa dos bilhões, sem falar
nos interesses políqueiros nacionais e paroquiais. A revolta dos operários
contra as precárias condições de trabalho nas hidrelétricas do estado de
Rondônia, Jirau e Santo Antônio colocaram a periferia na agenda da mídia e do
debate político do centro do poder.
A inquietação do “povo do abismo” foi tão
retumbante que até as centrais sindicais resolveram dá sinal de vida. No
Congresso Nacional discursos são disparados a torto e a direito, na mídia
artigos e reportagens buscam analisar o assunto. Uma comentarista de importante
TV gancha a questão e detona as centrais sindicais, outros tratam os operários
como “bandidos”, um especialista sobre a região cria um mosaico sobre os fatos.
Não lembro alguém nomear as empresas que integram o consórcio.
Mas, parece que a maioria não atenta ao pano de
fundo, que a meu ver tem relação com a disputa pelo território e os recursos naturais,
a partir de grandes corporações. Os projetos agendados no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) para a Amazônia têm ratificado a indiferença
aos direitos humanos, e em particular às populações locais que em regra
socializam as desgraças que os mega-projetos têm internalizado ao longo dos
séculos.
A feição do Estado com relação ao desenvolvimento
da Amazônia parece irretocável desde o estado de exceção. Vale lembrar que a
cadeira principal do Ministério de Energia é ocupada por velho apoiador do
regime, que por ironia tem o sobrenome de Lobão.
Grandes corporações são bons anunciantes. Algumas
possuem esmero em associar a imagem como empresas cidadãs, e alinhadas com o
marketing e a responsabilidade social. E no próximo dia do meio compraram
páginas dos jornais e espaços em outras mídias que exibirão belas peças
publicitárias e celebraram o discurso único do processo colonial: só é possível
o “desenvolvimento” da região a partir dos grandes projetos.
Ainda hoje o ciclo da borracha (1979 a 1912) é
celebrado como indutor da modernidade nos centros urbanos dos estados do
Amazonas e do Pará. Noutro extremo silenciam-se os massacres das populações
indígenas. Aos olhos da elite e de parte de uma intelectualidade parece mais
confortante celebrar as obras arquitetônicas.
Construtora quer extra de R$ 1,2 bi na usina de Jirau
Mauro Zanatta
Os problemas da Camargo
Corrêa com a construção da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, não devem
acabar com a retomada dos trabalhos após a destruição parcial do
canteiro de obras. Uma disputa interna no consórcio Energia Sustentável
do Brasil (ESBR), liderado pela belgo-francesa GDF Suez, demandará
muita disposição da construtora para garantir o ressarcimento de custos
adicionais causados por alegadas alterações nos contratos de Jirau. Matéria do Valor Econõmico replicada no site Amazônia
terça-feira, 29 de março de 2011
Goeldi oferece curso sobre documentação de arte rupestre
Entre
os dias 13 e 15 de abril, o setor de Arqueologia do Museu Paraense
Emílio Goeldi (MPEG) realizará o minicurso “Documentação Digital da
Arte Rupestre”, sob a orientação da Dra. Trinidad Martinez i Rubio, do
Departamento de Arqueologia e Pré-história da Universidade de Valencia
(Espanha). Leia mais na Agência Museu Goeldi
ENCONTRO NACIONAL DA ARTICULAÇAO DE MULHERES BRASILEIRAS
O ato
político de abertura do ENAMB 2011, que seria realizado no Auditorio Petrônio
Portela, no Senado Federal, foi transferido para a Rodoviária do Plano Piloto
nesta quarta, 30, às 14h. Marcando a abertura do Encontro Nacional da AMB
(ENAMB 2011), com concentração na Rodoviária do Plano Piloto, seguida de
uma caminhada até o CONIC, com o Toré Feminista, animado pelo grupo de
teatro Loucas de Pedra Lilás (PE) e o funk feminista(CE).
O ENAMB 2011 reunirá cerca de mil mulheres de todo
o Brasil, entre os dias 30 de março e 2 de abril. É um espaço aberto e plural, onde
mulheres militantes, simpatizantes, parceiras, aliadas e colaboradoras da
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) - da floresta, do campo e da
cidade, do litoral e do sertão - irão debater questões centrais para as
mulheres e o enfrentamento das desigualdades rumo à transformação da sociedade
pelo feminismo.
Construído
desde 2010 com caráter amplamente participativo tem como eixos: Expressões
do feminismo, Atuação frente ao novo governo no contexto de crise
global e 30 anos de feminismo transformando o mundo. Estes
foram definidos a partir de atividades preparatórias realizadas por fóruns,
redes e articulações de mulheres em quase todos os estados. A programação
detalhada do encontro segue anexa.
Articulação de Mulheres
Brasileiras - A AMB é uma articulação política não partidária anti-racista,
anti-patriarcal e anti-capitalista, que potencializa a luta feminista das mulheres
brasileiras nos planos nacional e internacional. Tem sua ação orientada para a
transformação social e a construção de uma sociedade democrática, tendo como
referência a Plataforma Política Feminista (construída pelo movimento de
mulheres do Brasil, em 2002). No presente contexto, a AMB se orienta por cinco prioridades: a
mobilização pelo direito ao aborto legal e seguro, a ação pelo fim da violência
contra as mulheres, o enfrentamento da política neoliberal, a organização do
movimento e a luta contra o racismo e a lesbofobia.
ENCONTRO
NACIONAL DA ARTICULAÇAO DE MULHERES BRASILEIRAS
Datas: de
30 de março a 2 de abril
Local:
Centro Comunitário da UnB – Brasília/DF
Assessoria
de Imprensa
Coletivo
de Comunicação da AMB - CONTATOS
Angélica
Costa - CFEMEA - (61) 8243-2285
Eunice
Borges - CFEMEA - (61) 8115-8722
Cristina
Lima - Cunhã - (83) 8888-0896
Claudia
Gazola - Coletivo Leila Diniz - (84) 8726-9587
Iayna
Rabay - (83) 8889-3850
Lúcia Santaella realiza palestra sobre convergências tecnológicas
A palestra abre as comemorações da celebração dos 35 anos do Curso de Comunicação da UFPA
Lúcia Santaella é uma referência
em pesquisa sobre comunicação, em particular no campo da semiótica. A
professora da Universidade de São Paulo (USP) tem cerca de 40 livros publicados.
Em 2002 venceu o Prêmio Jabuti.
Santaella é a convidada para a
celebração dos 35 anos do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal
(UFPA). A palestra sobre convergências tecnológicas ocorre amanhã, 30, no Teatro Cláudio Barradas, a partir das 19h.
O curso mantém turmas de graduação e abriu edital para a segunda seleção de mestrado. No fim do ano passado lançou o primeiro número da revista Pesquisa em Comunicação na Amazônia.
Organização pede fim dos financiamentos do BNDES a obras que violam direitos dos trabalhadores
Pela suspensão dos financiamentos do BNDES a obras que violam os direitos dos trabalhadores
Nos
últimos dias, uma série de violações dos direitos mais elementares dos
trabalhadores em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
têm sido noticiadas pela imprensa: na construção das usinas
hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira; na construção da
Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco; e na termelétrica de Pecém,
no Ceará. Leia mais em Amazônia
Eletronorte se recusa a cumprir sentença em favor de índios atingidos pela usina de Tucuruí
O processo judicial chegou ao fim mas a empresa entrou com
recurso protelatório alegando que não tem os dados para comprar as
terras indicadas pela Justiça
O Ministério Público Federal no Pará mandou manifestação à Justiça
pedindo que a Eletronorte seja obrigada imediatamente a comprar terras
para compensar a área que os índios Akrãnkykatejê, conhecidos como
Gavião da Montanha, perderam com a construção da usina hidrelétrica de
Tucuruí.Leia mais em MPF
Educação no Pará: Silêncio torpe
A
maneira como a nova gestão da SEDUC age em relação aos profissionais da
educação lotados nos ambientes pedagógicos das escolas é proporcional ao
tamanho de seu descompromisso com a educação.
Todo
mundo que trabalha na SEDUC sabe que o governo de plantão discute a
redução da carga horária dos professores(as) e demais profissionais
lotados nos ambientes pedagógicos.
Isso não é novidade pra ninguém!
Afinal, em doze anos de gestão tucana os ambientes pedagógicos foram abandonados e tratado com total desprezo. Leia mais AQUI
Afinal, em doze anos de gestão tucana os ambientes pedagógicos foram abandonados e tratado com total desprezo. Leia mais AQUI
Bancada feminina participa de encontro nacional de mulheres brasileiras
Já o debate previsto para esta terça-feira (29), que iria discutir a reforma política sob o enfoque das mulheres, foi adiado, assim como o seminário sobre o combate à feminização da pobreza, previsto para a quinta-feira (31). Ainda não há data marcada para esses eventos. Leia mais AQUI
Quais são e como operam os grupos de pressão que dominam a Câmara e o Senado
Para quem o congresso trabalha - Quais são e como operam os grupos de
pressão que dominam a Câmara e o Senado. a maioria financia bancadas
informais com gente de todos os partidos para manter ou mudar algumas
leis. Outros grupos são pautados por movimentos civis. Leia mais AQUI
Vitória da Lei Maria da Penha no STF
A ministra Iriny Lopes, da
Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), afirmou que esta
quinta-feira (24/03) é um dia histórico para as mulheres brasileiras. A
ministra se refere à decisão do Supremo Tribunal Federal, que,
reconheceu a constitucionalidade da Lei Maria da Penha (Lei
11.3490/2006), ao negar o habeas corpus impetrado pela Defensoria
Pública da União. Leia mais AQUI
Caso Galiléia: Justiça Federal já condenou 22 fraudadores da Companhia Docas do Pará
O ex-diretor-presidente Ademir Andrade, outros ex-dirigentes da estatal e
empresários foram condenados a devolver aos cofres públicos danos
calculados em mais de R$ 1,3 milhão, além de pagamento de multas e da
suspensão de direitos políticos por até oito anos (veja abaixo a relação
das penas). As decisões não foram divulgadas antes porque os processos
tramitavam sob segredo de justiça. Leia mais no MPF
segunda-feira, 28 de março de 2011
Queremos água ou mineração? Vida ou degradação?’ Entrevista especial com Ruben Siqueira
Além de sofrer grandes consequências em função da transposição do seu curso de água, o rio São Francisco também está sendo condenado pela contaminação dos rejeitos de chumbo, cádmio e cobre resultantes da exploração minerária no sudoeste da Bahia e Minas Gerais. Em entrevista à IHU On-Line, por telrefone, o representante da Comissão Pastoral da Terra – CPT-Bahia, Ruben Siqueira, analisou a situação do rio e denunciou as agressões que o Velho Chico vem sofrendo. “A transposição é, talvez, o caso mais contundente. Não basta esses sobreusos; estão querendo que as águas do São Francisco sejam suficientes para o abuso fora da bacia em nome do crescimento econômico”, disse ele. Leia mais no IHU
Mortes em obras do PAC estão acima dos padrões
Trabalhadores estão morrendo nos canteiros de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estrela do governo federal. Num levantamento inédito feito pelo jornal O Globo, em 21 grandes empreendimentos, que somam R$ 105,6 bilhões de investimentos, foram registradas 40 mortes de operários em acidentes, desde 2008. Só nas usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, houve seis mortes. Matéria do Globo replicada no IHU