Execuções, chacinas e massacres integram as páginas do
processo de integração da Amazônia desde a colonização. Hoje uma parte desta
história será alvo de matéria no Fantástico, programa da TV Globo.
Maria Joel é a protagonista. A dirigente sindical camponesa do
município de Rondon do Pará, sudeste do estado integra uma lista dos ameaçados
de morte.
Ela integra um setor alinhado na defesa da reforma agrária
no estado conhecido nacional e internacionalmente onde mais se matou no país na
disputa pela terra. A militante dirigiu
o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) em Rondon do Pará após a execução do
marido.
Joel é viúva de José Dutra da Costa, “Dezinho”, um migrante
maranhense executado no ano de 2001. Dezinho era presidente do STR em Rondon do
Pará, sudeste do estado. Foi assassinado na porta da casa onde morava. Uma
filha testemunhou a execução.
Até somente o pistoleiro foi
preso. E por obra do acaso. O sindicalista travou luta corporal com o mesmo
antes de ser assassinado. Após o disparo Dezinho caiu sobre o corpo do franzino
algoz.
O intermediário e os mandantes
nunca foram alcançados pela justiça. O caso encontra-se na Organização dos
Estados Americanos (OEA).
O pano de fundo de tal situação é
bem conhecido das pessoas que se interessam pelo assunto: uma delicada situação
fundiária, fragilidade na apuração das execuções dos militantes da reforma
agrária, meio ambiente e direitos humanos – maioria dos casos não possui nem inquérito
aberto -, controle de setores estratégicos do Estado pelo setor ruralista...
Os ruralistas vencem todas as
pelejas desde a década de 1980. A derradeira vitória foi contra o pedido de anulação
de mais de seis mil títulos grilados de terra. É tanto título que irregular que
a soma das áreas fraudadas soma mais de três vezes do território do Pará.
Saiba mais sobre a situação nas
obras que podem ser baixadas gratuitamente ao lado.
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