De 15 a
17.06.11 foi realizado na Feagri-UNICAMP a V Jornada de Assentamentos Rurais. Uma
programação bem organizada, praticamente 100% dos palestrantes presentes e
dos expositores (alunos e pesquisadores de diferentes universidades), além da
participação também de assentados rurais como ouvintes durante os seminários.
Das
representações dos movimentos sociais do campo, houve a particpação nas
mesas de debate a representação do MST. O evento foi estruturado em: Mesas redondas,
sessões especiais: apresentação de trabalhos, Sessão de pôster, e apresentação
de vídeos.
Houve uma
feirinha com expositores (agricultores de alguns assentamentos), cujos
produtos aproveitados e servidos durante os lanches nos intervalos da Jornada.
Entre os
debatedores presentes estavam: Lauro Mattei que trouxe um olhar crítico
sobre o Pronaf e destacou a importância de se ter uma linha diferenciada para
os assentamentos, que não fosse o PRONAF, além de representações do MST do
Rio Grande do Sul, Pedro Stédeli, Inácio Gaiger-RS, Sonia Bergamasco e
Maristela Simões-UNICAMP, Marion Aubrée-CRBC/EHESS-Paris, entre outros
nomes que discutem o tema.
Vale
destacar a participação de Silvaneide Queiroz Corte Brilho nossa colega aqui de
Belém, doutoranda da FEAGRI em Desenvolvimento e Planejamento Rural, como uma
das integrantes da equipe que compunha a comissão Organizadora, juntamente com
outros alunos do curso.
Uma
discussão fortemente debatida foi sobre o papel dos assentamentos no Brasil hoje,
seus impactos em relação ao avanço do agronegócio, além de se discutir sobre a
questão agrária brasileira.
Foi
entregue a profa. Maristela, o vídeo de Teo e Mamede- Ter de Onde Partir, que
mostra um pouco da experiência agroecógica no Assentamento Mártires de
Abril. Profa. Maristela é quem discute na pós-graduação a questão agroecológica
e o desenvolvimento Rural, que por sinal gostou e demonstrou interesse pelo
material. Pena que não consegui espaço para amostra do vídeo.
Não posso
deixar de relatar que por compor o GIPUR-Grupo de Infraestrutura e
Desenvolvimento do Centro de Estudos sobre Desenvolvimento
Econômico-CEDES/UNICAMP, fui convidada para relatar sobre a situação atual em
relação ao projeto Belo Monte e sua relação com os impactos do capital. A
experiência foi muito interessante, reunimos um grupo de
aproximadamente 13 pessoas (Prof. Humberto Nascimento-Coordenador do GIPUR, e
mais 12 alunos do mestrado e doutorado de Economia, 01 aluna da
pós-graduação do IFCH e outra aluna da pós do curso de Arquitetura e
Urbanismo), a troca de idéias e experiências foi bem interessante. No
grupo havia dois alunos (Débora e Alexandre) que investigam sobre os impactos
da UHE Santo Antônio e Jirau e sobre os impactos da Vale do Rio Doce (respectivamente).
Não dá para deixar de observar o
quanto a discussão sobre a Amazônia ainda é algo um pouco distante nesses
espaços de debates.
Ellen Pêssoa
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