segunda-feira, 20 de junho de 2011

Belo Monte - economista do Pará relata contexto sobre a situação no Xingu em encontro na UNICAMP


De 15 a 17.06.11 foi realizado na Feagri-UNICAMP a V Jornada de Assentamentos Rurais. Uma programação bem organizada, praticamente 100% dos palestrantes presentes e dos expositores (alunos e pesquisadores de diferentes universidades), além da participação também de assentados rurais como ouvintes durante os seminários.

Das representações dos movimentos sociais do campo, houve a particpação nas mesas de debate a representação do MST. O evento foi estruturado em: Mesas redondas, sessões especiais: apresentação de trabalhos, Sessão de pôster, e apresentação de vídeos.
 
Houve uma feirinha com expositores (agricultores de alguns assentamentos), cujos produtos aproveitados e servidos durante os lanches nos intervalos da Jornada.
 
Entre os debatedores presentes estavam: Lauro Mattei que trouxe um olhar crítico sobre o Pronaf e destacou a importância de se ter uma linha diferenciada para os assentamentos, que não fosse o PRONAF, além de representações do MST do Rio Grande do Sul, Pedro Stédeli, Inácio Gaiger-RS, Sonia Bergamasco e Maristela Simões-UNICAMP, Marion Aubrée-CRBC/EHESS-Paris, entre outros nomes que discutem o tema.
 
Vale destacar a participação de Silvaneide Queiroz Corte Brilho nossa colega aqui de Belém, doutoranda da FEAGRI em Desenvolvimento e Planejamento Rural, como uma das integrantes da equipe que compunha a comissão Organizadora, juntamente com outros alunos do curso.
 
Uma discussão fortemente debatida foi sobre o papel dos assentamentos no Brasil hoje, seus impactos em relação ao avanço do agronegócio, além de se discutir sobre a questão agrária brasileira.
 
Foi entregue a profa. Maristela, o vídeo de Teo e Mamede- Ter de Onde Partir, que mostra um pouco da experiência agroecógica no Assentamento Mártires de Abril. Profa. Maristela é quem discute na pós-graduação a questão agroecológica e o desenvolvimento Rural, que por sinal gostou e demonstrou interesse pelo material. Pena que não consegui espaço para amostra do vídeo.
 
Não posso deixar de relatar que por compor o GIPUR-Grupo de Infraestrutura e Desenvolvimento do Centro de Estudos sobre Desenvolvimento Econômico-CEDES/UNICAMP, fui convidada para relatar sobre a situação atual em relação ao projeto Belo Monte e sua relação com os impactos do capital. A experiência foi muito interessante, reunimos um grupo de aproximadamente 13 pessoas (Prof. Humberto Nascimento-Coordenador do GIPUR, e mais 12 alunos do mestrado e doutorado de Economia, 01 aluna da pós-graduação do IFCH e outra aluna da pós do curso de Arquitetura e Urbanismo), a troca de idéias e experiências foi bem interessante. No grupo havia dois alunos (Débora e Alexandre) que investigam sobre os impactos da UHE Santo Antônio e Jirau e sobre os impactos da Vale do Rio Doce (respectivamente).
 
Não dá para deixar de observar o quanto a discussão sobre a Amazônia ainda é algo um pouco distante nesses espaços de debates.

Ellen Pêssoa

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