Por Fritz R. Nunes
Sedufsm
A
presidente do ANDES - Sindicato Nacional dos Docentes, professora
Marina Barbosa Pinto, afirma que as diversas medidas que o governo
implementa, com efeitos danosos às universidades, resultam de uma nova
concepção de Estado, com viés gerencial e não estatal. Ela cita como
exemplo as Medidas Provisórias 520 e 525, que geram uma precarização na
relação da universidade com a sociedade. Marina questiona de onde sairão
os recursos para financiar a contratação de professores substitutos,
autorizados pela MP 525, para suprir vagas do REUNI. Se for da verba de
custeio das universidades, haverá um rombo, pois não havia previsão
orçamentária, explica. A presidente também destaca que em várias
instituições a expansão tem sido comprometida pela falta dos recursos
necessários que o governo se comprometeu a liberar. Muitos professores,
técnicos, chegaram para trabalhar no início do semestre, mas as aulas
não puderam iniciar, por falta de condições, com prédios inacabados, sem
laboratórios, etc. Segundo Marina Pinto, a situação está “explodindo”
em diversos pontos do país. Acompanhe a seguir a entrevista concedida
pela presidente do ANDES-SN à assessoria de imprensa da SEDUFSM, dia 8
de abril, em Porto Alegre:
- Professora, tem se observado que em várias universidades, a partir da expansão provocada pelo REUNI, que os problemas estão aflorando, principalmente com a suspensão dos concursos e da edição da MP 525. Como o ANDES-SN avalia esse quadro?
O
primeiro aspecto que temos que registrar na discussão do processo atual
do projeto de extensão do governo é que se confirmaram as análises que o
ANDES fazia. Ou seja, não era um problema colocado no âmbito de um
posicionamento político abstrato do sindicato, que era contrário à
proposta do governo. As nossas análises tinham sustentação, e passados
três anos desse processo, elas se confirmam. Se confirmam sobre que
aspectos? Quando o governo propõe a expansão, ele propõe um conjunto de
metas que devem ser cumpridas e são estabelecidas de fora para dentro – e
esse conjunto de metas cria um constrangimento interno por elas
definirem a possibilidade de recurso. Então, na verdade as Instituições
Federais de Ensino Superior (IFES) se sentiram amarradas nesse processo
com a perspectiva de querer crescer, de saber que isso era necessário,
mas sabendo que a possibilidade desse crescimento estava posta em um
projeto que não dizia respeito à autonomia universitária. Um projeto
colocado de fora para dentro. Leia a íntegra no ANDES
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