quinta-feira, 21 de abril de 2011

ANDES diz que problemas da expansão estão “explodindo”

Presidente do sindicato fala em entrevista sobre REUNI, MPs, entre outros assuntos
Por Fritz R. Nunes
Sedufsm



A presidente do ANDES - Sindicato Nacional dos Docentes, professora Marina Barbosa Pinto, afirma que as diversas medidas que o governo implementa, com efeitos danosos às universidades, resultam de uma nova concepção de Estado, com viés gerencial e não estatal. Ela cita como exemplo as Medidas Provisórias 520 e 525, que geram uma precarização na relação da universidade com a sociedade. Marina questiona de onde sairão os recursos para financiar a contratação de professores substitutos, autorizados pela MP 525, para suprir vagas do REUNI. Se for da verba de custeio das universidades, haverá um rombo, pois não havia previsão orçamentária, explica. A presidente também destaca que em várias instituições a expansão tem sido comprometida pela falta dos recursos necessários que o governo se comprometeu a liberar. Muitos professores, técnicos, chegaram para trabalhar no início do semestre, mas as aulas não puderam iniciar, por falta de condições, com prédios inacabados, sem laboratórios, etc. Segundo Marina Pinto, a situação está “explodindo” em diversos pontos do país. Acompanhe a seguir a entrevista concedida pela presidente do ANDES-SN à assessoria de imprensa da SEDUFSM, dia 8 de abril, em Porto Alegre:

- Professora, tem se observado que em várias universidades, a partir da expansão provocada pelo REUNI, que os problemas estão aflorando, principalmente com a suspensão dos concursos e da edição da MP 525. Como o ANDES-SN avalia esse quadro?



O primeiro aspecto que temos que registrar na discussão do processo atual do projeto de extensão do governo é que se confirmaram as análises que o ANDES fazia. Ou seja, não era um problema colocado no âmbito de um posicionamento político abstrato do sindicato, que era contrário à proposta do governo. As nossas análises tinham sustentação, e passados três anos desse processo, elas se confirmam. Se confirmam sobre que aspectos? Quando o governo propõe a expansão, ele propõe um conjunto de metas que devem ser cumpridas e são estabelecidas de fora para dentro – e esse conjunto de metas cria um constrangimento interno por elas definirem a possibilidade de recurso. Então, na verdade as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) se sentiram amarradas nesse processo com a perspectiva de querer crescer, de saber que isso era necessário, mas sabendo que a possibilidade desse crescimento estava posta em um projeto que não dizia respeito à autonomia universitária. Um projeto colocado de fora para dentro. Leia a íntegra no ANDES

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