O ano começou com uma série de
desastres naturais em diferentes partes do mundo. Em nosso país o caso que mais
tem sido pauta da mídia é o desastre na região serrana do estado do Rio de
Janeiro.
O noticiário tem relatado os
dramas das famílias, a ação de socorro e a solidariedade. Vez ou outra
entrevista especialistas da área de planejamento e urbanismo, mas, parece não indicar
a questão central, o modelo de desenvolvimento estabelecido.
A cada ano, desde os tempos
imperiais, seja em grandes centros urbanos, médias ou pequenas cidades as
tragédias ganham a atenção da imprensa.
Tais desastres possuem pai e mãe:
o processo de produção capitalista. A relação homem natureza ao longo dos anos tem
dado sinais de alerta sobre o esgotamento do modelo de uso intensivo dos
recursos naturais.
Em Belém uma pequena chuva arrasa
o cotidiano dos lugares conhecidos como baixadas. A cidade é quase ilha e é serpenteada
por canais. Nem mesmo os locais considerados centrais escapam ilesos aos
temporais.
O planeta tem limite. E tem gritado isso a cada tempestade, tsunami e secas.
Os cínicos argumentam que é necessário
quebrar os ovos para se fazer o omelete.
O problema é que estão quebrando
os ovos, a frigideira e o fogão. Estão quebrando tudo.
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