segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Os tucanos voltaram


.Movimentos sociais de todo o Pará, uni-vos.

Nos programas de rádio e TV, um cipoal de indicadores para explicar o fracasso do PT. Os comentaristas sublinharam uma significativa agenda negativa.

Tudo começou com nomeações de pessoas próximas, passou pela prisão de uma menor numa cadeia em Abaetetuba, crise na saúde com a morte de várias crianças na Santa Casa, tensões com partidos do arco de alianças, crises na educação marcada pela alternância de direção no cargo e má negociações com servidores.

Ufa! Tem ainda a não nomeação de seis mil concursados, não pagamento de 80 mil precatórios e o processo de seleção para a sede da copa, em que Manaus ganhou de Belém. O derradeiro item tem grande apelo emocional, e foi usado amiúde pela oposição. Como sempre, fora do contexto.

Tem ainda as alianças com políticos em fim de carreira. Caso do médico e ex cardeal tucano, Almir Gabriel e desafeto figadal do governador eleito, Simão Jatene. O outro pé na cova político é o prefeito Duciomar Costa (PTB). O político é conhecido pelos deslizes com a legalidade. Dudu, como é conhecido pelos pares é considerado o pior prefeito da cidade nos últimos 40 anos.  


Os equívocos da administração petista, mais do que méritos do tucanato, podem ter decidido o pleito. O certo que Inês é morta e a derrota tem vários pais, que diga o núcleo duro do partido local.  

As primeiras mulheres eleitas para governos dos estados não se reelegeram. A Yeda do PSDB do Rio Grande Sul perdeu logo no primeiro turno. Já a petista do Pará a duras penas alcançou o segundo turno. E as administrações foram avaliadas como as piores do país.

Ao menos, a administração petista sai sem a chancela da corrupção. E agora os tucanos processados pelo Ministério Público Federal (MPF), entre eles Paulo Chaves voltam à baila.

O que será do Instituto de Desenvolvimento, Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP), voltará à cova? O centro considerado uma referência nacional foi sepultado pela administração tucana pelas mãos do professor Jatene. A governadora não cumpriu a promessa de realização de concurso para a instituição.

A administração tocou em questões caras, como a fundiária. Produziu documentos importantes e encaminhou algumas pautas na mesma área. Homologou alguns projetos de assentamento. Mais de seis mil títulos de terras falsos devem ser cancelados.

Buscou descentralizar a administração, criando 12 regionais estabeleceu planos de desenvolvimentos locais. É algo significativo. Contraria a homogeneização que imperou por longas décadas.

Encerradas as eleições, nas secretarias a antropofagia por cargos encontra-se de vento em popa.

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