Rogério Almeida - Rio Tocantins-Marabá/PA
A partir de amanhã até o dia 03
de dezembro a Universidade Federal do Pará (UFPA) é a sede do III Encontro Latinoamericano
de Ciências Sociais e Barragens. A conferência de abertura, Ciência,
cientistas e democracia, ocorre a partir das 18h, no Centro de Convenções
Benedito Nunes. Formam a mesa a professora Edna Castro/NAEA/UFPA, Henri
Acserald/UFRJ, Gustavo Ribeiro/Unb e o argentino Juan Radovich.
No mundo de rios da Amazônia do
Brasil pretende-se erguer um outro mundo, o do concreto, para geração de
energia. Os planos do Governo Federal já realizaram isso no caudaloso rio
Tocantins, e continuam a fazer. Assim, também agendam o mesmo rumo para o rio Xingu,
o rio Tapajós, o rio Araguaia e o rio Madeira. Energia para quem?
Somente na bacia do Tocantins-Araguaia
estimam-se em 80 os projetos entre grandes e pequenas hidrelétricas. Faz 26
anos que a UHE de Tucuruí foi erguida no rio Tocantins. É a maior originalmente
nacional.
O projeto serve para alimentar com
energia a Alcoa, empresas de produção de alumínio estadunidense, com sede em São Luís, Maranhão. E as
empresas Albras e Alunorte, localizadas no município de Barcarena, no Pará. Até
o começo do ano a Vale as controlava. O mega negócio da cadeia de produção do alumínio
foi repassado para a norueguesa Norsk Hidro.
Os projetos de barramentos nos
rios da Amazônia implicam uma disputa pelo território. Reordena o controle
sobre as riquezas, redimensiona a configuração física, econômica e social onde
os mesmos são implantados.
Implica em pressão sobre os
territórios de indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outras modalidades de
populações consideradas tradicionais. Saiba mais sobre o evento que ocorre
desde 2005 AQUI
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