segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Barragens- Belém sedia a partir de amanhã encontro Latino


Rogério Almeida - Rio Tocantins-Marabá/PA  
A partir de amanhã até o dia 03 de dezembro a Universidade Federal do Pará (UFPA) é a sede do III Encontro Latinoamericano de Ciências Sociais e Barragens. A conferência de abertura, Ciência, cientistas e democracia, ocorre a partir das 18h, no Centro de Convenções Benedito Nunes. Formam a mesa a professora Edna Castro/NAEA/UFPA, Henri Acserald/UFRJ, Gustavo Ribeiro/Unb e o argentino Juan Radovich.


No mundo de rios da Amazônia do Brasil pretende-se erguer um outro mundo, o do concreto, para geração de energia. Os planos do Governo Federal já realizaram isso no caudaloso rio Tocantins, e continuam a fazer. Assim, também agendam o mesmo rumo para o rio Xingu, o rio Tapajós, o rio Araguaia e o rio Madeira. Energia para quem?

Somente na bacia do Tocantins-Araguaia estimam-se em 80 os projetos entre grandes e pequenas hidrelétricas. Faz 26 anos que a UHE de Tucuruí foi erguida no rio Tocantins. É a maior originalmente nacional.

O projeto serve para alimentar com energia a Alcoa, empresas de produção de alumínio estadunidense, com sede em São Luís, Maranhão. E as empresas Albras e Alunorte, localizadas no município de Barcarena, no Pará. Até o começo do ano a Vale as controlava. O mega negócio da cadeia de produção do alumínio foi repassado para a norueguesa Norsk Hidro.

Os projetos de barramentos nos rios da Amazônia implicam uma disputa pelo território. Reordena o controle sobre as riquezas, redimensiona a configuração física, econômica e social onde os mesmos são implantados.

Implica em pressão sobre os territórios de indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outras modalidades de populações consideradas tradicionais. Saiba mais sobre o evento que ocorre desde 2005 AQUI

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