Na noite de ontem as empresas afiliadas da Globo realizaram “debates” em várias capitais do país.
Nas Alagoas, Alexandre Garcia foi o mediador. Uma ironia. Em 1989, quando da primeira eleição após 25 anos de ditadura, foi ele o mediador do debate onde Lula enfrentou Collor.
O processo de edição daquele debate entrou para a história do jornalismo brasileiro como o mais escandaloso capítulo da manipulação da informação.
Os mesmos meios de comunicação que endossaram a eleição de Collor, em certa medida ajudaram para a degola do mesmo.
A Globo entrou na justiça contra a BBC, para proibir a distribuição de um documentário que registra as vísceras da gênese do grupo. E hoje eles falam em ameaça à democracia.
Collor foi inventado para o cenário nacional como o caçador de Marajás. A Veja dedicou a ele várias capas.
Collor é um marajá da comunicação. Este ano é candidato ao governo do estado, e é acusado de manipular pesquisas. Outro dia ameaçou de morte um jornalista.
Passados 21 anos Collor subiu em palanque com Lula. Garcia faz comentários moralistas em noticioso matinal. Similares a ele multiplicam-se aos montes em diferentes canais.
E os meios de comunicação continuam no mesmo diapasão homogêneo na cobertura política. A polifonia ainda inexiste, apesar da cauda longa (internet).
Lula entrará para a história republicana do país como o presidente com a maior aprovação.
O espetáculo tomou conta do campo político, onde os marqueteiros possuem a hegemonia.
Mídia: teoria e política, livro do professor Venício Lima, da Unb, ajuda a compreender parte destes dias nem tão distantes.
Os mais jovens podem visitar umas informações do R7
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