O site Congresso em Foco criou um prêmio para celebrar os congressistas que se destacaram de alguma forma no legislativo federal.
O site ganhou visibilidade nacional pelas matérias que realizou sobre a farra das passagens áreas dos congressistas. As reportagens flagraram parlamentares de todas as colorações partidárias fazendo turismo com os recursos públicos.
Conforme o site, o prêmio tem a intenção de escapar do lugar comum em enquadrar todos os políticos como iguais. Na lista de candidatos ao mimo, não tem nenhum do Pará.
Até o vizinho estado, e igual em desgraças, Maranhão, tem dois indicados. O deputado Domingos Dutra (PT/MA) e o hoje candidato ao governo Flávio Dino (PC do B/MA).
O pequeno Psol tem inúmeros candidatos de diferentes estados.
Não vou entrar no mérito do prêmio, mas soa esquisito verificar nomes como o de Ronaldo Caiado (DEM/GO).
O deputado organizou a União Democrática Ruralista (UDR). A organização é um símbolo da intolerância no processo de transição da democracia no país.
Graças a ela vários dirigentes camponeses e seus apoiadores foram mortos. Em particular na região do Bico do Papagaio, norte do Tocantins (antigo território do GO), sul do Pará e oeste do Maranhão.
Assim foram executados entes da família Canuto e Expedito Ribeir e irmã Adelaide, no Pará,. E no Maranhão o Pe Josimo.
É indigesto verificar entre os candidatos o neto de Antônio Carlos Magalhães, entre outros. Tanto um quanto o outro são representações do que há mais atrasado na configuração da construção da história do país, as oligarquias.
No senado o Pará também não tem nenhum nome. Aliás, somente Marina Silva (PV/AC) figura representando a região Norte.
Avalio que há um equivoco. O senador Neri (Psol/PA) buscou longamente pautar a votação da emenda sobre Trabalho Escravo.
Creio que o empenho o senador mereceria a indicação. A questão avançou no Congresso por conta da robustez da bancada ruralista.
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