É o exótico que tem servido de baliza na leitura sobre a região na mídia hegemônica do país. “A Amazônica selvagem”, “a Amazônia exuberante”, “terra sem lei” são os enquadramentos mais recorrentes. A (s) Amazônia (s) ainda é algo estranho aos brasileiros da própria região e em particular nas redações dos veículos de comunicação dos estados do centro da economia, Rio e São Paulo. Na região não existe nenhuma sucursal de veículos do centro-sul do país. A cobertura é marcada por episódios, onde não se compreende a complexidade que conforma a região.
Eis algumas ponderações levantadas no debate sobre a cobertura jornalística sobre a Amazônia, ocorrido no auditório da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), na noite de ontem, 27, numa iniciativa do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. O jornalista Lúcio Flávio Pinto, o professor Manuel Dutra e o repórter Gustavo Costa (Rede Record) foram os debatedores do tema: Adalberto Marcondes, diretor da agência de notícias Envolverde fez a moderação.
Lúcio Flávio Pinto costuma creditar ao Estadão a melhor cobertura realizada sobre a região, num período do estado exceção, entre 1975 a 1978. Advoga que naquele momento coordenou uma sucursal que garantia correspondentes em vários pontos da Amazônia com bons salários para a realidade da região. “Tínhamos jornalistas em São Luís, Belém, Macapá, Marabá e outros pontos,” recordou Pinto.
O renomado jornalista da Amazônia ponderou que o acervo era tão bom que o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso produziu um livro sobre a região tendo como principal base de dados as reportagens do jornal paulista. Lúcio avalia que além da visão limitada dos proprietários das empresas de comunicação, existe com relação aos jornalistas um mix de autocensura, covardia e apatia com relação às agendas históricas que permeiam a Amazônia.
“A Vale é a principal empresa do estado e da América Latina e não se tem uma cobertura sistemática sobre as ações da mesma. Ela tem oito mil queixas trabalhistas no município de Parauapebas, nessa lógica de terceirização radical, tem ampliado a produção de alumínio no município de Barcarena. A empresa não publiciza mais o balanço no formato anual, mas, sim trimestral, e não se diz nada nos grandes veículos locais”, reflete Pinto.
Ao tratar sobre a formação nas universidades professor Dutra sublinha que alguns cursos fazem pouco para possibilitar uma visão ampla sobre a região. O professor dispara que o ranço da colonização impera nas cabeças da elite local e que há uma burocratização nos cursos de jornalismo.
Eis algumas ponderações levantadas no debate sobre a cobertura jornalística sobre a Amazônia, ocorrido no auditório da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), na noite de ontem, 27, numa iniciativa do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. O jornalista Lúcio Flávio Pinto, o professor Manuel Dutra e o repórter Gustavo Costa (Rede Record) foram os debatedores do tema: Adalberto Marcondes, diretor da agência de notícias Envolverde fez a moderação.
Lúcio Flávio Pinto costuma creditar ao Estadão a melhor cobertura realizada sobre a região, num período do estado exceção, entre 1975 a 1978. Advoga que naquele momento coordenou uma sucursal que garantia correspondentes em vários pontos da Amazônia com bons salários para a realidade da região. “Tínhamos jornalistas em São Luís, Belém, Macapá, Marabá e outros pontos,” recordou Pinto.
O renomado jornalista da Amazônia ponderou que o acervo era tão bom que o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso produziu um livro sobre a região tendo como principal base de dados as reportagens do jornal paulista. Lúcio avalia que além da visão limitada dos proprietários das empresas de comunicação, existe com relação aos jornalistas um mix de autocensura, covardia e apatia com relação às agendas históricas que permeiam a Amazônia.
“A Vale é a principal empresa do estado e da América Latina e não se tem uma cobertura sistemática sobre as ações da mesma. Ela tem oito mil queixas trabalhistas no município de Parauapebas, nessa lógica de terceirização radical, tem ampliado a produção de alumínio no município de Barcarena. A empresa não publiciza mais o balanço no formato anual, mas, sim trimestral, e não se diz nada nos grandes veículos locais”, reflete Pinto.
Ao tratar sobre a formação nas universidades professor Dutra sublinha que alguns cursos fazem pouco para possibilitar uma visão ampla sobre a região. O professor dispara que o ranço da colonização impera nas cabeças da elite local e que há uma burocratização nos cursos de jornalismo.
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