UFPA deve receber cerca de 80 mil participantes na 9ª edição, que vai discutir a construção de alternativas às políticas neoliberais
Além de sediar o Fórum Social Mundial, a UFPA terá um papel estratégico na programação do evento. De 29 a 31 de janeiro, pesquisadores da Instituição desenvolverão atividades que buscam ampliar o debate democrático de idéias e promover a troca de experiências entre as instituições participantes, os movimentos sociais e a sociedade em geral.
Em comum, a abordagem de questões relevantes ao local/global e a busca por uma Amazônia e um mundo mais justos, idéias que se encaixam perfeitamente ao que se propõe o FSM 2009: tratar a Pan- Amazônia não somente como um território, mas também como protagonista do evento.
É o caso da atividade coordenada pelos professores do Instituto de Ciências da Educação (ICED), Neila Reis e Evanildo Estumano, e desenvolvida por demais professores de Grupos de Pesquisa em Educação do Campo (ICED/Marabá), intitulada “Tapiri Pedagógico dos Campos da Amazônia Paraense”, cujo objetivo é debater experiências de formação, pensamento social e pesquisas em Educação e apresentar resultados de Organizações e Movimentos Sociais que compõem o Fórum Paraense de Educação do Campo.
A professora Neila Reis explica que o termo indígena “tapiri” refere-se a espaços rústicos, como a palhoças, que sediaram as primeiras escolas existentes na floresta e na colonização da Transamazônica. E é exatamente este o intuito da atividade, propiciar um espaço em que o foco seja a educação.
De acordo com os organizadores, o trabalho será composto por mesa de diálogo e momento cultural da terra, que trarão experiências socioeducativas e resultados produzidos sob a forma de registros escritos, visuais, poesias, músicas, documentários e outras fontes materiais que evidenciam a diversidade cultural, a tecnologia e os saberes de povos quilombolas, ribeirinhos, pescadores, camponeses e da floresta, enfim, de sujeitos do campo.
Os professores acreditam que a participação no FSM ampliará a visibilidade das demandas sociais das áreas rurais da Amazônia paraense, bem como reforçará a necessidade de reformular as atuais políticas de educação em curso. Essa atividade será no dia 30 de janeiro, nos períodos manhã e tarde. A apresentação cultural será à noite, articulada com a Trilha Sociocultural Pororoca de Saberes.
Programação incluirá atividades lúdicas e culturais
“Por entre Trilhas e Sonhos: Pororoca de Saberes, Sabores e Ritmos da Amazônia” é o trabalho inscrito pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia (GEPERUAZ), coordenado pelo, também professor do ICED, Salomão Hage. A atividade será desenvolvida em articulação direta com o Tapiri Pedagógico e se propõe a fortalecer a intermulticulturalidade dos povos indígenas, afrodescendentes, ribeirinhos, pescadores e extrativistas, entre outros.
O evento traz uma particularidade: acontecerá nos limites do Parque Ambiental de Belém. No dia 31, das 8 às 12h, um público estimado de 300 a 500 pessoas terá a oportunidade de participar de atividades lúdicas, artísticas e culturais, combinadas com trilhas ecológicas, que oportunizarão a convivência e interação com as culturas dos povos e populações da Amazônia e com a natureza exuberante que compõe o Parque.
A atividade envolverá múltiplas linguagens, como, por exemplo: roda de conversas, varal de poesias, dramatizações, teatro de bonecos, painéis e exposições com fotos e informações sobre os povos e populações da Amazônia. No final, haverá um ato simbólico de plantação de mudas, em adesão à campanha “Um bilhão de árvores para a Amazônia”.
A interdisciplinaridade é a marca do seminário “Políticas Públicas e Sustentabilidade na Reserva Marinha Mãe Grande de Curuçá, Pará”, organizado pela professora Ligia Simonian, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA). O evento tem por objetivo debater a escassez e vulnerabilidade das políticas e ações públicas voltadas à realidade da Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá, marcada pela dificuldade quanto ao uso sustentável do território.
Além disso, busca-se divulgar resultados de várias pesquisas realizadas na região. Extrativismo, pesca, plantas medicinais, movimentos sociais, turismo, impactos socioambientais são algumas das temáticas abordadas por especialistas de diferentes áreas e instituições.
Um minicurso que visa socializar a produção teórica de Karl Marx e Frederic Engels sobre a questão ecológica e contribuir para o fortalecimento do movimento internacional que questiona a ação predatória do modelo de desenvolvimento capitalista no meio ambiente, especialmente em regiões como a Amazônia brasileira.
Essa é a atividade coordenada pelas professoras Maria Antônia Nascimento e Maria Elvira Sá, do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA); Edna Castro (NAEA); Elenise Scherer (Universidade Federal do Amazonas) e Marilene Corrêa (Universidade do Estado do Amazonas) e ministrada pelo professor Michael Löwy (Centre National de La Recherche Scientifique, França). A atividade, intitulada “Contradição do Progresso Linear e a questão ecológica na obra de Marx e Engels”, promoverá, também, um debate acerca das alternativas mais justas e viáveis de convivência com o meio ambiente, como o ecossocialismo.
Por meio das atividades autogestionadas, a UFPA contribui para a materialização do desejo expresso de fazer do FSM 2009 um espaço onde os povos da Amazônia tenham vez e voz.
Fóruns Paralelos
Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Fórum Mundial de Teologia e Libertação
De 21 a 25/01/09 - Local: Centur
V Fórum Mundial de Juízes
De 23 a 25/01/09
Local: Hangar
Fórum de Reforma Urbana
De 23 a 25/01/09
Local: Parque dos Igarapés
Fórum Mundial de Mídia Livre
25/01/09 - Local: Hangar
Fórum Mundial de Educação
25/01/09 - Local: Hangar
Fórum Mundial de Ciência e Democracia
V Fórum Mundial de Juízes
De 23 a 25/01/09
Local: Hangar
Fórum de Reforma Urbana
De 23 a 25/01/09
Local: Parque dos Igarapés
Fórum Mundial de Mídia Livre
25/01/09 - Local: Hangar
Fórum Mundial de Educação
25/01/09 - Local: Hangar
Fórum Mundial de Ciência e Democracia
De 26 a 27/01/09
- Local: Hangar
Fórum de Autoridades Locais da Amazônia
De 30 a 31/01/09 - Local: Hangar
Por: Ana Carolina Pimenta
http://www.ufpa.br/beiradorio/rep1.1.html
Fórum de Autoridades Locais da Amazônia
De 30 a 31/01/09 - Local: Hangar
Por: Ana Carolina Pimenta
http://www.ufpa.br/beiradorio/rep1.1.html
Rogério, obrigada por ter divulgado o seminário sobre a RESEX Mãe Grande de Curuçá;
ResponderExcluirsegue o sumário do seminário:
POLÍTICAS PÚBLICAS E SUSTENTABILIDADE NA RESEX MARINHA MÃE GRANDE DE CURUÇÁ
POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO NA RESEX MÃE GRANDE, CURUÇÁ
Sandra Regina Pereira Gonçalves; Presidenta da AUREMAG
CONJUNTURA POLÍTICO-ECONÔMICA E A RESEX MÃE GRANDE DE CURUÇÁ
Jorge Macedo; vice-prefeito eleito de Curuçá, Pará
EXTRATIVISMO E A IMPORTÂNCIA DAS UC COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO
Dr. José Bittencourt da Silva; professor e pesquisador da Faculdade de Educação/UFPA
POLÍTICAS PÚBLICAS, MOVIMENTOS SOCIAIS E DESENVOLVIMENTO NA RESEX MÃE GRANDE DE CURUÇÁ: PERSPECTIVAS SUSTENTÁVEIS?
Ph. D. Ligia T. L. Simonian; professora e pesquisadora do NAEA/UFPA
A SUSTENTABILIDADE DA GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS NA AMAZÔNIA: AS PRÁTICAS EXTRATIVISTAS DE CURUÇÁ, PARÁ
M. Sc. Charles Gemaque; Doutorando do PDTU
PLANTAS MEDICINAIS NA RESEX MÃE GRANDE DE CURUÇÁ: POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Drª. Ester Roseli Baptista; professora e pesquisadora da Faculdade de Farmácia/UFPA
MULHERES MARISQUEIRAS DA RESEX MÃE GRANDE (CURUÇÁ): TRADIÇÃO, POTENCIAL E INSUSTENTABILIDADES ORGANIZATIVAS
Ph. D. Ligia T. L. Simonian; Drª. Denise Machado Cardoso; professora e pesquisadora da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/UFPA
TRABALHADORES DA PESCA E A RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA MÃE GRANDE: IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS DA ESTRADA PA-136 (CURUÇÁ, PARÁ)
M. Sc. Élida Figueiredo; MPEG
Drª. Edna Castro; professora e pesquisadora do NAEA/UFPA
Drª. Lourdes Gonçalves Furtado; pesquisadora do MPEG
RESEX MÃE GRANDE DE CURUÇÁ (PA): O ENFOQUE TURÍSTICO NA ANÁLISE DE UMA REALIDADE AMBIENTAL
Turismóloga Vânia Lúcia Quadros Nascimento; mestranda do PLADES/NAEA
RESERVA EXTRATIVISTA MÃE GRANDE DE CURUÇÁ: A PRESENÇA DOS ÍNDIOS ANDIRÁ NA MEMÓRIA LOCAL E O MOVIMENTO DA CABANAGEM
M. Sc. Laura Arlene Saré Ximenes Ponte; doutoranda do PDTU/NAEA; professora da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/UFPA
CULTURA POPULAR DE CURUÇÁ: POLÍTICAS PÚBLICAS, DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE CULTURAL
Analista de Sistemas Fábio Araújo Fernandes; mestrando do PLADES/NAEA
sempe que houver algo interessante sobre a região podes enviar que a gente ajuda na divulgação
ResponderExcluirab
Rogério