O Massacre de Eldorado do Carajás: uma história de impunidade ficou em segundo lugar do Prêmio Jabuti, na categoria livro reportagem. A premiação é considerada a mais importante do Brasil e completou 50 anos este ano.
Eric Nepumuceno, o autor é renomado tradutor e escritor paulista e empenhou três anos na investigação para recompor a história de uma das tragédias que conforma a luta pela terra na Amazônia. O livro lançado ano passado pela editora Planeta tem o auxílio luxuoso das fotos de Sebastião Salgado.
Em 214 páginas o autor se esforça em recompor elementos do processo de internalização do capitalismo no sudeste do Pará, identificar os sujeitos que competem na luta pela terra os recursos naturais nela existentes: mineradoras (Vale), garimpeiros e migrantes de todas as partes do país, em particular da região Nordeste.
Os anos 1980 imortalizaram o sudeste e sul paraense, ao lado do norte do Tocantins e oeste do Maranhão, onde mais se matou defensores da reforma agrária no país. A tríplice fronteira é conhecida como Bico do Papagaio.
O Massacre de Eldorado, prestes a somar o décimo terceiro ano de impunidade, tem na promoção dos policias militares envolvidos no episódio o mais novo capítulo, configura-se como uma espécie de divisor de águas no processo de reconhecimento em larga escala áreas ocupadas na Amazônia como projetos de assentamentos (PA´s).
Além do reconhecimento de áreas ocupadas como PA´s , o Estado reagiu com a implantação de uma regional do IBAMA, INCRA, Ministério Público, Polícia Federal.
Registre-se que o Massacre ocorreu no governo do PSDB do então governador, o médico Almir Gabriel e presidia o país, Fernando Henrique Cardoso, quando Francisco Graziano respondia pela chefia do INCRA. A tragédia foi precedida por outra Corumbiara, 1995, ocorrido em Rondônia.
O advogado Plínio Pinheiro, dizem recém convertido ao pentecostalismo, funcionava como um mediador para a arrecadação de fundos junto a fazendeiros da região para a remuneração da pistolagem local. Assim explicita a obra de Nepumuceno.
Com base nos laudos médicos e nas alegações finais do processo o autor concluiu que houve execução de militantes sem terra e que tiros foram disparados à queima roupa.
Ninguém se encontra preso atualmente. E o processo não alcançou o governador e secretário de segurança da época, Paulo Sette Câmara. Aqui em Belém não vi quase nada sobre a premiação do livro.
Eric Nepumuceno, o autor é renomado tradutor e escritor paulista e empenhou três anos na investigação para recompor a história de uma das tragédias que conforma a luta pela terra na Amazônia. O livro lançado ano passado pela editora Planeta tem o auxílio luxuoso das fotos de Sebastião Salgado.
Em 214 páginas o autor se esforça em recompor elementos do processo de internalização do capitalismo no sudeste do Pará, identificar os sujeitos que competem na luta pela terra os recursos naturais nela existentes: mineradoras (Vale), garimpeiros e migrantes de todas as partes do país, em particular da região Nordeste.
Os anos 1980 imortalizaram o sudeste e sul paraense, ao lado do norte do Tocantins e oeste do Maranhão, onde mais se matou defensores da reforma agrária no país. A tríplice fronteira é conhecida como Bico do Papagaio.
O Massacre de Eldorado, prestes a somar o décimo terceiro ano de impunidade, tem na promoção dos policias militares envolvidos no episódio o mais novo capítulo, configura-se como uma espécie de divisor de águas no processo de reconhecimento em larga escala áreas ocupadas na Amazônia como projetos de assentamentos (PA´s).
Além do reconhecimento de áreas ocupadas como PA´s , o Estado reagiu com a implantação de uma regional do IBAMA, INCRA, Ministério Público, Polícia Federal.
Registre-se que o Massacre ocorreu no governo do PSDB do então governador, o médico Almir Gabriel e presidia o país, Fernando Henrique Cardoso, quando Francisco Graziano respondia pela chefia do INCRA. A tragédia foi precedida por outra Corumbiara, 1995, ocorrido em Rondônia.
O advogado Plínio Pinheiro, dizem recém convertido ao pentecostalismo, funcionava como um mediador para a arrecadação de fundos junto a fazendeiros da região para a remuneração da pistolagem local. Assim explicita a obra de Nepumuceno.
Com base nos laudos médicos e nas alegações finais do processo o autor concluiu que houve execução de militantes sem terra e que tiros foram disparados à queima roupa.
Ninguém se encontra preso atualmente. E o processo não alcançou o governador e secretário de segurança da época, Paulo Sette Câmara. Aqui em Belém não vi quase nada sobre a premiação do livro.
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