domingo, 12 de junho de 2016

Dois encontros questionam a mineração em Carajás


O VIII Encontro Regional dos Atingidos pela Mineração no Pará e Maranhão ocorre dentro da Semana de Nacional Mobilização Contra a Mineração

 Ocupação de atingidos pela mineração em Canaã - Foto T. Cruz 

Canaã de Carajás, no sudeste do Pará, abriga de 17 a 18 de junho O VIII Encontro Regional dos Atingidos pela Mineração no Pará e Maranhão. O Movimento de Atingidos pela Mineração (MAM), o Movimento Debate e Ação e a ONG Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (Cepasp) estão entre os organizadores.


O VIII encontro de atingidos do Pará ocorre dentro da agenda de Mobilização Nacional de Mobilização Contra a Mineração. A cidade de Canaã dos Carajás é o lócus onde a Vale desenvolve ao longo de 40 anos, o maior projeto de mineração no país, localizado na Serra Sul (S11D).

O Projeto S11D
O S11D desponta no cenário atual como uma representação do Grande Carajás no século XXI. Com o projeto, a mineradora vai incrementar a produção de ferro em 90 milhões de toneladas por ano, mas com capacidade de dobrar a produção. O mercado asiático tem sido o destino do minério de ferro de excelente teor das terras dos Carajás, em particular a China e o Japão.

A previsão é que a usina inicie as operações até 2016. A iniciativa, que inclui mina, duplicação da Estrada de Ferro de Carajás - EFC, ramal ferroviário de 100 km e porto, está orçada em US$ 19,5 bilhões.

Os recursos estão distribuídos da seguinte forma: a logística consumirá US$ 14,1 bilhões; US$ 8,1 bilhões serão usados na mina e na usina; enquanto US$ 2 bilhões serão usados durante o ano.
Agenda do Encontro -   diálogos e troca de experiências entre as populações atingidas dos dois estados, estudos dirigidos e exibição de filmes sobre impactos da mineração na Amazônia, místicas e ações culturais fazem parte da dinâmica do encontro que ocupará escolas, praças e acampamentos de atingidos.
 
Mais informações
Raimundo Gomes - (94) 99132 5167