sábado, 16 de abril de 2016

20 anos do Massacre de Eldorado - manifestações ocorrem em Eldorado e Belém

Atos em Eldorado do Carajás e em Belém prometem protestos pelos 20 anos do Massacre e em oposição ao golpe contra a democracia
 


Fotos - Curva do S- Acampamento da Juventude - Daniele Bastos e Luiz Carlos
 
No dia 17 de abril de 1996 a PM do estado do Pará escreveria uma das páginas mais violentas na história da luta pela terra do país. Nesta data, sob a ordem do então governador do estado, o médico Almir Gabriel (PSDB), e o secretário de segurança, Paulo Sette Câmara, a desobstrução da PA 150, no município de Eldorado do Carajás,  a qualquer custo resultou no Massacre de 19 trabalhadores rurais sem terra na Curva no S.

Os laudos periciais evidenciam tiros desferidos à queima, quando alguns sem terra já estavam detidos pelas tropas da PM.  

Em memória aos sem terra massacrados Perto de O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em memória de aos vinte anos do Massacre de Eldorado dos Carajás e por Reforma Agrária realizam diversas atividades com os camponeses e camponesas da região e de todo o Brasil.

Em memória dos massacrados, 800 jovens de diversas acampamentos e assentamentos de todo o Brasil acampam desde o dia 10 de abril no 11º Acampamento da juventude Sem Terra “Oziel Alves Pereira”.

Debates, oficinas, palestras voltadas para a juventude do campo dominam o acampamento. Todos os dias, no horário do Massacre, no fim da tarde, a rodovia é interditada por 21 minutos, em lembrança dos mortos.

Hoje, 16, acontece no acampamento um ato em comemoração pelos 18 anos do PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária). O MST confirma que a presidenta do INCRA, Maria Lúcia Falcón, e a coordenadora nacional do programa Raquel Vuelta participam do ato. Além de representantes de universidades do Pará e educadores do campo.

 
Em Belém, na capital do Estado, cerca de 400 camponeses ficarão acampados na praça Mártires de Abril em  vigília e atos em defesa da democracia e contra o golpe.

Os atos prometem aglutinar milhares de pessoas, entre autoridades, dirigentes campesinos de diversas partes do mundo, partidos, sindicalistas, estudantes, entre outros para os atos na Curva do “S” e em Belém, informa assessoria do MST.

Com informações de Viviane Brigida- MST Comunicação 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Em Belém, nação Munduruku apresenta documento da sua última assembleia

100 caciques refletiram sobre o futuro do povo Munduruku
 
Entre os dias 01 a 07 de abril, aconteceu na aldeia Katõ, município de Jacareacanga/PA, a 26ª Assembleia Geral da Nação Munduruku no Pará, com a participação de 550 indígenas, representando aproximadamente 120 aldeias.


Os grandes desafios impostos na atualidade aos povos indígenas do Brasil e, em especial, a nação Munduruku no Pará, fez desta uma das mais importantes assembleias dos últimos tempos. Vários pontos foram discutidos, como a questão da saúde e educação indígena; a situação de fragilidade da FUNAI; as pendencias na demarcação e reconhecimento dos territórios Munduruku e, principalmente, os projetos do governo federal para a construção de cinco usinas hidrelétricas nos rios Tapajós e Jamanxim: São Luiz do Tapajós, Jatobá, Cachoeira do Caí, Jamanxim e Cachoeira dos Patos.

Participaram desta assembleia mais de 100 caciques, centenas de guerreiros e guerreiras, além de pajés, crianças e idosos, e suas deliberações representaram os anseios e desejos de 13 mil indígenas Munduruku que vivem no Pará.


No final da assembleia, foi produzida uma carta ao povo e ao governo brasileiros onde a nação Munduruku diz, entre outros, que não vai aceitar nenhuma hidrelétrica nos rios da região.

Este documento histórico e demais posicionamentos da nação Munduruku serão apresentados em coletiva de imprensa, no dia 14 de abril, em Belém/PA, cinco dias antes da data comemorativa do dia do índio no Brasil.


Serviço:

Coletiva de imprensa: apresentação dos resultados e decisões da 26ª Assembleia Geral da Nação Munduruku
DIA: 14 de abril de 2016 (Quinta-feira)
LOCAL: Auditório do MPF, Rua Dom Romualdo de Seixas, 1476, Edifício Evolution.
HORA: 8:30h

terça-feira, 12 de abril de 2016

Assembleia da Bahia realiza sessão especial pelos 20 anos do Massacre de Eldorado, e a Alepa?