domingo, 19 de junho de 2011

Violência no PA- semana que vem execução de extrativists completa um mês



No dia 24 completa um mês da execução do casal de extrativistas José Cláudio e Maria, mortos no projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira, na cidade de Nova Ipixuna, sudeste do Pará.

Apresentação de retrato falado dos suspeitos de execução do crime, apologia à tecnologia pelo setor de segurança do estado, declarações dos governos, medo, saída de pessoas da área das mortes marcam o cenário. E algo temível, a impunidade.

A reação tem marcado a ação do estado ante as tragédias anunciadas contra os militantes da reforma agrária, meio ambiente e direitos humanos na Amazônia. Faz 10 anos que José Pinheiro Lima, esposa e um filho foram mortos no município de Marabá, sudeste do Pará. Passado 10 anos o fazendeiro acusado da encomenda das mortes João Davi de Melo Souza, conhecido como Joãozinho, foi pronunciado pela justiça.

Assim como no caso de Cláudio e Maria, havia denúncia das ameaças. O depoimento do filho de Dedezinho na audiência esclareceu que até suborno o fazendeiro havia ofertado ao militante.  
Naquele ano a região experimentou um processo de recrudescimento da violência, que acarretou na realização de audiência pública do setor de direitos humanos da Câmara Federal, onde uma lista com os ameaçados de morte.  Na mesma constava o nome de José Cláudio.  

Ao se analisar o contexto dos grandes projetos para a região, o afrouxamento dos aspectos do Código Florestal, a morosidade da justiça nos casos de acusação dos mandantes das mortes dos camponeses, a tendência é que outras mortes virão.

Até o governador, Simão Jatene (PSDB) admitiu isso a em uma publicação nacional. Sem falar que a base de apoio do governo atual é marcada pela forte presença dos ruralistas. Não é à toa que ele mantém no corpo de secretários um que responde pelo crime de trabalho escravo, Sidney Rosa

Lembremos ainda que foi no governo do PSDB que ocorreu o Massacre de Eldorado.

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