domingo, 30 de maio de 2010

O sertão de Rosa em Belém


O sertão de Guimarães Rosa encheu o modesto Teatro Cuíra no Centro antigo de Belém.

Cacá Carvalho, diretor do espetáculo, justifica a opção como um protesto por conta da ausência de uma política cultural no estado, que tem condenado toda uma geração.

No imponente Teatro da Paz, separado do Cuíra por uma avenida e um naco da Praça da República, nenhuma pauta.

O Centro é um reduto local que lembra personagens do teatro de Plínio Marcos, impregnado de pessoas marginalizadas: operários, comerciários, prostitutas e meninos de rua.
A saga de Riobaldo e Diadorim, e um bando de jagunços ganha vida com um texto cordelizado, luz e música marcantes e um jogo de cortinas que ora oculta, noutra revela os personagens.

A morte nubla a ousada adaptação de Grande Sertão: Veredas. O amor trágico, a violência, a força bruta e a religiosidade integram o enredo.

O espetáculo vai percorrer várias capitais do país, protagonizado pelo Grupo Casa Laboratório para as Artes do Teatro

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