sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Violência no Pará - Dira Paes integra elenco de documentário

Divulgação: Frei Henri, advogado da CPT no município de Xinguara/PA
O documentário será exibido na 4ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Esse homem vai morrer- faroeste caboclo batiza o documentário assinado por Emílio Gallo exibido em Cannes. O filme resume em 75 minutos a saga de 14 pessoas marcadas para morrer no sudeste do Pará por conta da aguda disputa pela terra.

O município de Rio Maria, onde foram assassinados dirigentes sindicais rurais como Expedito Ribeiro e vários membros da família Canuto nas décadas de 1980 e 1990, entre eles Orlando, serve como pano de fundo para retratar a violência no campo no estado Pará.
Todos os militantes eram filiados ao PC do B.

Na fita Dira Paes faz uma professora que serve como mediadora na busca de soluções para a questão.
A lógica de lista com marcados/as para morrer existe até hoje.
Nas década de 1980/1990 foi prática recorrente de fazendeiros associados na União Democrática Ruralista (UDR).
A violência na disputa pela terra
A década de 1980 é considerada a mais sangrenta na disputa pela terra na tríplice fronteira do Pará, Maranhão e Tocantins.

A região conhecida como Bico do Papagaio é marcada pela implantação de grandes projetos de geração de energia, extrativismo mineral, madeireiro e da produção pecuária.

Ainda hoje coleciona passivos de toda ordem.

A tríplice fronteira que é o local onde mais se executou militantes da reforma agrária e seus apoiadores no país, também é recordista em trabalho escravo em fazendas e carvoarias e desmatamento.

A fita que já foi exibida no festival de cinema do Rio de Janeiro ano passado agora percorre várias capitais do país no circuito na 4ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul.

O filme será exibido em Belém a partir do dia 22 de outubro.

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