segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Em briga de boi grande quem mete a colher?

A fusão de grandes corporações é um elemento que conforma a atualidade da economia mundial.

Os mastodontes do mundo de frigoríficos não escapam ao diapasão econômico e somam esforços para aperfeiçoar os ganhos, como refletiria algum executivo do setor.

No Brasil quem acaba de celebrar o enlace matrimonial foram o Bertin e o JBS.

As núpcias não tem sido um mar de rosas.

Tudo devido ao descontentamento de quem engorda o boi, leia-se a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), que tem como timoneira a xiita de direita, senadora Kátia Abreu (DEM/TO).

A fundamentalista do agronegócio agitou a mídia do Pará no início do ano pedindo a cabeça de “Donana”, Ana Júlia Carepa (PT/PA), governadora do estado.

A motivação foi a ocupação de inúmeras fazendas em nome da Agropecuária Santa Bárbara pelos movimentos camponeses.

A empresa é vinculada ao banqueiro Daniel Dantas e tem a vida no Pará nublada por várias acusações de ilícitos, entre eles a lavagem de dinheiro e crime ambiental.

Ocorre interrogar qual será a atitude da senadora ante o “casamento” dos grandes frigoríficos: será que ela pedirá no Congresso a reinvenção da lógica do mercado?

Ou exigirá uma CPI para investigar os financiamentos públicos nas empresas?

A senadora é considerada o Ronaldo Caiado de saias dos tempos modernos.
Caiado para quem não se lembra dirigiu a União Democrática Ruralista (UDR).
Uma sigla sinônima da intolerância na década de 1980.

Período marcado pelas execuções de camponeses e apoiadores da reforma agrária no Pará.

Nos corredores do Congresso e nas publicações que festejam o mundo rural, Abreu é notória por espumar de ódio somente em ver uma bandeira vermelha.

Mesmo que seja do afetuoso, “Ameriquiha/RJ”, somente por conta da mesma lembrar o MST.

O mesmo sentimento é manifestado aos que defendem o meio ambiente e os direitos humanos.

Em particular aos que denunciam a prática de trabalho escravo nas fazendas da Amazônia.

A pergunta roda: e agora Abreu, essa marra que tu tem, qual é?

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