sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Eleições no Pará

Eleições no Pará
82 municípios dos 142 do Pará terão reforço militar no dia da eleição, 05 de outubro. O muque ainda tem sido a forma de aplacar as diferenças por aqui. No calor da disputa eleitoral três atentados foram registrados nos dias recentes.


O mais grave resultou no assassinato do candidato a prefeito no município de Rio Maria, sudeste do estado, Agemiro Gomes da Silva (PMDB). Um outro ocorreu no oeste, no município de Uruará.


Em seguida o prefeito de Floresta do Araguaia, Balbino Xis (PMDB) sofreu um atentado à bala. O candidato levou um tiro na perna e outro no tórax. O candidato pelo PR a reeleição na cidade de Almerim, Gandor Hage teve o carro atingidos por tiros disparados por dois motoqueiros. Hage já vinha sofrendo ameaça de morte.

Triste Belém
A direita polariza a sucessão em Belém. Duciomar Costa (PTB), dono de uma coleção de CPF´s e flagrado com diploma falso de médico e a Valéria Pires (DEM), disputam a cadeira do Palácio Senador Lemos.


Ao menos é o que indica as sucessivas pesquisas de opinião, em nada confiáveis. As mesmas são manipuladas conforme as simpatias da direção dos jornais locais. No pleito de 1996, em que Edmilson Rodrigues, então vinculado ao PT foi eleito, ele aparecia como o candidato azarado, e acabou por dirigir Belém em dois mandatos.


Antes das definições dos candidatos para a eleição de 2008, ele aparecia em primeiro lugar.
Pires foi a vice na chapa que mandou no Pará nos derradeiro governo, que encerrou uma hegemonia de 12 anos do PSDB no estado. Dudu e Valéria no passado eram par na coligação União Pelo Pará,


Os pássaros da fina plumagem do tucanato não exibiram as suas faces pela cidade. Tudo foi muito discreto. Apenas o ex-governador, Simão Jatene, gravou apoio a Valéria.Tudo muito sem graça, feito o reclame de um novo sabão em pó.


Ainda em Belém, há rumores de bastidores para uma possível surpresa do PMDB, através do primo de Jader Barbalho, José Priante. Alguns caciques do PT ainda sonham com a possível passagem para o segundo turno do professor Mário Cardoso.

Campanha sem substância
O óbito de inúmeras crianças na Santa Casa de Belém empurrou o discurso da maioria dos candidatos para a temática da saúde. Sem avaliar a conjuntura da saúde no estado, marcada pela ausência de infra-estrutura na maioria dos municípios, a suspensão de políticas de pré-natal na capital, os baixos salários dos servidores, todos os candidatos acabaram por chutar a questão da saúde para a edificação de prédios.


A cidade nas eleições
A cidade na eleição fica mais suja do que o normal e mais barulhenta do que o de costume. O barulho em Belém a consagrou como a mais ruidosa do Brasil.
Às vésperas do pleito, o desânimo impregna a cidade. Pessoas agitam bandeiras dos partidos indiferentes a planos que possam retirá-las de uma situação de penúria. Jovens, idosos, adultos germinam em pontos de grande fluxo de pessoas. Um quadro triste, tal “Os comedores de batatas” de Van Gogh.

Cidades estratégicas
Em Marabá a esquerda não tem chance. Vai levar de lambuja o evangélico Maurino Magalhães (PR). Assim advoga um dos jornais da cidade. Já o outro boletim aclama que o vencedor será João Salame (PPS). O PT deve chegar em terceiro lugar. Isso nas duas pesquisas.

Em Santarém as apostas indicam a reeleição de Maria do Carmo (PT). Mas o candidato de oposição Lira Maia (DEM), diz-se sagrar-se vencedor no dia 05.
Na terra do minério Parauapebas, tudo aponta para a reeleição de Darci Lerner (PT), após um início turbulento em sua administração. A ex-prefeita, Bem Mesquita (PMDB), segue em segundo lugar.


O apoio do cacique Jader Barbalho foi decisivo para a eleição Ana Júlia Carepa (PT), ao governo do Pará. Em entrevista ao jornalista Mauro Bonna, no programa Argumento na TV RBA, que integra o portfólio do Barbalho, o chefe político do PMDB disparou que “ não se ganha eleição do Pará sem coligar com o PMDB.


Até onde se sabe o PMDB é o partido que mais comanda prefeituras no estado. Após a hecatombe ocorrida no ninho tucano em 2006, tudo deve ficar bem mais confortável para o partido comandado por Barbalho.

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