segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sudeste do Pará- uma fronteria em ebulição

O sudeste do Pará se configura com uma das mais tensas fronteiras do país na disputa pela terra e os recursos naturais nela existentes. O ano de 2008 se notabiliza pelo avanço dessa frente em inúmeros municípios da região, Canaã dos Carajás, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu, Tucumã dentre outros. Além da mineração, tem-se o avanço do agro-negócio, e mesmo a insólita presença do banqueiro Daniel Dantas.

A região concentra o maior número de projeto de assentamentos rurais do país, número que beira a casa os 500, num universo de mais de 80 mil famílias. Fruto de mais de duas décadas de embates dos camponeses com o Estado, madeireiros, fazendeiros e a Vale.

É justo sobre sujeito social que as frentes de expansão da mineração e do agronegíco tensionam. Em inúmeras notas distribuídas pelos movimentos sociais há denuncias de ação de policiais militares contra os trabalhadores que resistem, parcialidade da justiça e a informação da desestruturação das dinâmicas sociais e econômicas da vida dos camponeses. As zonas urbanas incham,simultaneamente a violência ganha maior robustez e a prostituição se alastra.

Na derradeira nota datada do dia 15 de setembro os movimentos sociais denunciam que : dia 27 de agosto, um oficial de justiça no cumprimento de um MANDADO LIMINAR DE IMISSÃO DE POSSE E CITAÇÃO, tendo como requerido o Sr. Milton Bento Tavares, expedida pelo Dr. Wander Luiz Bernardo, juiz de direito da comarca de Ourilândia do Norte, respondendo pela comarca de São Félix da Xingu-Pa, invade as propriedade denominadas Fazenda Barra Mansa e Fazenda Pé de Serra.

A mesma explica que: as famílias que permanecem na área se sentem ameaçadas pelo avanço das obras da empresa, pela continuidade de compra de lotes de forma seletiva, pela falta de informações sobre o projeto da empresa, pela retirada de transporte de passageiros, fechamento de escolas, pelas dúvidas sobre se poderão permanecer na área após o inicio da lavra, ou seja, as famílias sofrem de insegurança, insatisfação e medo de perderem tudo que construiram durante, 10, 15 e até 25 anos, que estão na área.

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