Economia, questão agrária, racismo ambiental, segurança alimentar, democracia
são alguns dos pontos de pauta de seminário Emergência climática na Amazônia: diálogos
para a COP 30, que inicia hoje em Manaus, com vistas a promover informações que
possam subsidiar a sociedade.
Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Universidade Federal do
Oeste do Pará (Ufopa), Embrapa, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazonia
(INPA) e os Ministérios Públicos do Pará e do Amazonas são alguns dos protagonistas
da iniciativa que mobiliza uma série de pesquisadores de variados campos do
conhecimento.
Entre eles constam o antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida, o
economista Gilberto Marques (UFPA), Marcos Montysuma, historiador natural do Acre, radicado em Santa Catarina, onde é professor na pós graduação interdisciplinar na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), as promotoras Ione Nakamura (MPPA), Lilian
Braga (MPPA) e Aurely Freitas (MPAM). No campo popular o seminário contará com a fala da presidenta do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém, a lavradora e ambientalista Ivete
Bastos.
A iniciativa é do debate é da professora Girlian Silva (UEA),
economista que teve projeto selecionado no edital de financiamento da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). O evento ocorre em meio a
fortes chuvas no Amazonas, que tem desabrigado um número significativo de
pessoas e prejudicado a produção da agricultura de base familiar.
Os efeitos extremos sobre a região têm sido recorrentes. Ora secas,
ora tempestades, que tendem a atingir os setores já colocados em situações de
vulnerabilidade, a exemplo de indígenas, remanescentes de quilombolas,
campesinos, pescadores e outras modalidades de extrativistas.
Em 2023 a seca foi tão profunda que possibilitou que sítios arqueológicos
pudessem ser visualizados no leito do rio Amazonas. As estiagens entre outros danos, pune os
mais vulneráveis com relação a acesso a água potável, ameaça a segura alimentar,
posto não terem acesso à pesca e à coleta de frutos na floresta. E, a depender do lugar,
serem punidos com o isolamento por conta da seca dos rios.
O seminário pode ser acompanhado pelo Instagram do MPPA.
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A transmissão pode ser acompanhada AQUI