sábado, 19 de dezembro de 2015

Jari - empate de extrativistas da Comunidade de Pilões comemora primeiro ano com tensões internas e vitórias

Após um ano,  a empresa teve o "Selo Verde" suspenso pelo FSC Internacional. E na mesma data a PF fez operação de busca e apreensão por desmatamento ilegal e fraudes no sistema florestal
Comunidade de Pilões - R. Almeida - Dez\15
 
 
 
No natal passado extrativistas da Comunidade de Pilões, em Monte Dourado, distrito do município de Almeirim, na fronteira do Pará com o Amapá reeditaram a prática pacifica do seringueiro acreano Chico Mendes de enfrentamento contra o grande capital, o empate.  

A secular comunidade vive desde os anos 1960 uma peleja por território com a empresa Jari. Na época da ditadura civil militar, o empreendimento do multimilionário estadunidense passou a controlar uma gigantes porção territorial do lugar.

Atualmente é o grupo paulista Orsa que comanda um conjunto de empresas que opera no setor de celulose e com exportação de madeira.

Após um ano da realização do empate, que alegrou operários terceirizados que iriam trabalhar no dia de natal, o assédio da empresa contra os extrativistas continua, denunciam moradores que preferem o anonimato.   

Um após do empate: querelas e saldos

A “família de gaúchos” que foi processada pela empresa, e que parte participou chegou a engrossar o coro do empate, agora foi cooptada pela Jari, e tem tido uma postura contra os moradores mais antigos do lugar.

Um morador de Pilões avalia que o grande temor da empresa é que a área da comunidade, que abriga um frondoso castanhal, seja considerada pela justiça e órgãos ambientais como de uso comum.

Conforme informante, a empresa “cedeu” uma área nativa de 800 hectares de mata nativa para os “gaúchos”. E que a área tem sido devastada. Moradores acusam os funcionários Praxedes, Rafael e Pablo.

“É a empresa que tem cedido as máquinas para ramais e derrubar árvores, entre elas cedro e angelim pedra. Derrubaram pelo menos umas 20 árvores. Pelos menos uns três igarapés foram mortos” denunciam moradores. Assista ao vídeo abaixo.

 
Por cometer crimes de lavagem de créditos florestais, Jari tem “Selo Verde” suspenso verde

No dia quatro de dezembro a FSC (certificação ambiental) Internacional suspendeu certificação da Empresa Jari Florestal.

Denúncias de envolvimento em lavagem de créditos florestais, queixas trabalhistas e de violência contra as comunidades tradicionais, onde ela opera pesaram em favor da suspensão da principal certificação ambiental do mundo. O plano aprovado este ano tinha validade até 2019.  Leia AQUI

Na mesma data uma operação da Polícia Federal, Justiça Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Ibama prendeu cerca de 16 pessoas envolvidas no esquema de desmatamento e fraudes no sistema florestal nos estados do Pará, São Paulo e Paraná, sendo três delas da empresa Jari. 

A operação envolveu buscas e apreensões em 41 endereços ligados a cinco empresas no Pará, São Paulo e Curitiba. Duas pessoas tiveram prisões preventivas decretadas, outras 16 ficaram em prisão temporária e 10 foram conduzidas coercitivamente para prestar esclarecimentos. Leia no MPF

Fraudes milionárias envolvem a Jari

O MPF esclarece que só de um dos planos de manejo, foram movimentados mais de R$ 28 milhões em madeira ilegal entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, devido ao alto valor comercial do ipê: um metro cúbico de madeira serrada pode alcançar o preço de R$ 3 mil dólares no mercado internacional.

O ipê é considerado uma das madeiras mais resistentes, usada em deques e revestimentos para áreas externas e até parques públicos em grandes cidades dos Estados Unidos.

A Jari Florestal também comprou créditos para comercializar ipê de outras sete empresas próximas da capital paraense, Belém. Em várias dessas compras, o sistema registrou tempos curtos demais para a chegada da madeira, sendo que distância entre Belém e Almeirim é de mais de 800 km. Em uma das movimentações, a madeira enviada pela Pampa Exportações (outra empresa investigada) atravessou o Pará em apenas 10 minutos.
Saiba sobre o Empate no Jari AQUI
 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Marabá - nota da Câmara de Vereadores pode suspender estado de greve de professores

Uma reunião da categoria pode suspender estado de greve dos professores declarado na semana passada.
Em nota a direção do legislativo de Marabá esclarece que não existe nenhum projeto de lei protocolado pelo prefeito João Salame (PSB) para a suspensão de direitos adquiridos da categoria.

Belém - Sob força da lei prefeitura é obrigada a efetivar concursados aprovados em pleito de 2012

Concursados aprovados precisam entrar com mandado de segurança  contra prefeitura de Belém  para garantir nomeação

Isso tem ocorrido com professores da Escola Bosque, informa um recém nomeado, que teve que entrar com mandado de segurança para garantir o cargo ocupado por temporários nomeados ao sabor dos conchavos políticos.
O nebuloso concurso indicava um cargo em edital, e os concursados aprovados para o mesmo ao procurarem a escola, eram informados da não existência da vaga.
Ainda hoje tramita nas gavetas da burocracia projeto de lei  para equacionar o abacaxi.  

domingo, 13 de dezembro de 2015

Marabá - MST do Pará celebra 25 anos com grande feira agroecológica, reflexões e debates

O evento espera reunir  5 mil pessoas até o dia 18 no Ginásio Poliesportivo Renato Veloso
 
 
Marabá recebe de 15 a 18 de dezembro no Ginásio Poliesportivo Renato Veloso, na folha 16, Nova Marabá a Feira Estadual da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) são esperados cerca de mil trabalhadores/as.

O evento será  uma das mais representativa da Reforma Agrária do Estado, o/as camponeses/as irão trazer produtos procedentes dos assentamentos e acampamentos do MST das regiões norte, nordeste, sul e sudeste paraense.

Terá produtos como farinha, frutas, hortaliças, artesanato, fitoterápicos, licores e artesanato paraense que serão comercializados para população marabaense. Alimentos saudáveis sem uso de veneno a preços acessíveis!

Fruto da dignidade e ousadia dos Trabalhadores Rurais Sem Terra que há 25 anos lutam por Reforma Agrária Popular no Pará!

Além disso, o encontro terá debate sobre a Reforma Agrária e Análise de conjuntura com a presença de representantes de outros movimentos sociais do campo, autoridades políticas e atividades culturais. 



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