sábado, 31 de outubro de 2015

Consórcio de Belo Monte patrocina encontro de extrativistas em Santarém




A construção de Belo Monte representa um dos maiores abusos do poder econômico contra as populações consideradas tradicionais da Amazônia na história contemporânea

O processo financiado pelo Estado, espolia e expropria pescadores, agricultores, indígenas e outras modalidades de sociodiversidade do mundo do Xingu.

Fere de morte formas de solidariedade, detona mecanismos de garantia de segurança alimentar, como a pesca, a agricultura e inúmeras formas de extrativismos e culturas locais.

Belo Monte encarna a mais brutal e violenta ação contra as populações indígenas, como tem alertado a professora Sônia Magalhães, entre outros intelectuais que acompanham o caso.  

Autoritarismo é a principal marca do projeto, que chegou a contar com a Força de Segurança Nacional para coagir mobilizações contra a Norte Energia, consórcio responsável por Belo Monte.

É justo com esse segmento que o Conselho Nacional de Seringueiros (CNS) resolveu fazer par para garantir a realização do III Chamado da Floresta, na reserva do Tapajós Arapiuns, no município de Santarém.  Região, como o Xingu, igualmente ameaçada pela sanha do grande capital do setor de mineração e de construção de barragens.

Com o presente ato o CNS joga para a vala da história o caráter combativo da defesa dos territórios das populações originárias, que deu origem à instituição no século passado.

Será que se faz necessário a realização de um empate contra o CNS por declinar de sua representativa e histórica jornada?

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