terça-feira, 21 de abril de 2015

Drops Marabá: cinema, Massacre de Eldorado e Dia de Índio


43º é a sensação térmica em Marabá. O Tocantins não alcançou as olarias sob a ponte que separa o núcleo urbano da Cidade Nova dos demais. Não haverá farra com recurso público este ano. Não há desabrigados.

A semana foi quente na região. Um festival de cinema agitou o trecho. Iluminou sobre passivos sociais e ambientais. A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) protagonizou a iniciativa, ladeada por inúmeros parceiros.

A curadoria foi do jornalista Felipe Milanez. Entre as muitas atrações, o documentário sobre a trajetória do festejado fotógrafo Sebastião Salgado, O Sal da Terra, foi o centro de gravidade.

O evento coincidiu com a passagem do 19º aniversário da chacina contra 19 trabalhadores rurais ligados ao MST, na Curva do S, no município de Eldorado dos Carajás, onde ocorreu exibições e debates.

Dia de Índio

E no dia dedicado ao índio, a PF convocou técnicos da Funai para tratar de uma acusação da Vale de ocupação da Ferrovia de Carajás por indígenas. Depois de idas e vindas comprovou-se que não havia obstrução. O delegado agradeceu a todos, e por ironia do destino pediu uma salva de palmas aos ancestrais.

A Vale alçou a relação da empresa com as comunidades tradicionais da região a mera questão de justiça ou de econometria, nos processos de negociação para renovação de acordos entre as partes, onde o MPF tem sido excluído.
Faz dois meses que a mineradora suspendeu repasse de recursos e serviços de saúde, obrigações por conta da concessão pelo direito de mineração. Tudo tem piorado ao longo dos anos. No lugar de antropólogos a mineradora banca um staff de advogados.  

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