segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Elevados de Belém


 Belém somou ontem 398 anos no dia de ontem, 12. Como outras metrópoles o trânsito é um dos gargalos da cidade.

Choveu por mais de 10 horas no dia dos anos de Belém. A cidade ficou um alagado só. Submersa.

O entroncamento, perímetro que separa a cidade da região metropolitana, talvez seja o ponto mais crítico.

Monge budista sai do nirvana e solta a baiana ao enfrentar o trecho, menos brutalizado por conta de obra do celebrado comunista Oscar Niemeyer.

A arte ocupa o centro do espaço. É uma homenagem a uma das principais insurreições populares da História do país, a Cabanagem.  

No vão do túnel vidas sucumbem. Sob o túnel colchões surrados abrigam dependentes de álcool e outras drogas.

Ali três elevados foram inaugurados. Eles integram um complexo que visa implantar um sistema de ônibus rápido na região metropolitana, e desafogar o engarrafamento comum em qualquer hora do dia.

A parte inaugurada celebra o carro, apesar das pessoas que moram no entorno e o significativo número de operários que transitam de bicicletas.  Não existem ciclovias ou faixas.

Desumano, demasiadamente. O humano não foi considerado no desenho da obra.

No primeiro dia útil de uso do recurso foi marcado por queixas dos pedestres.

Alguns motoristas consideram que o elevado é muito estreito. E coloca em risco a vida dos mesmos.   

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