quarta-feira, 24 de abril de 2013

Caso Irmãos Novelino completa seis anos

Sebastião Cardias é ex policial. Encontra-se preso no complexo penitenciário de Santa Isabel. Ele integrou um consórcio que executou os irmãos Novelino, Ubiraci e Uraquitan em Belém, no dia 25 de abril ano de 2007, há seis anos.

Uma fonte do sistema penal informa que o ex policial tem gozado de regalias na penitenciária. Apesar de ex  policial, ele estaria ficando numa área dedicada aos policiais que cumprem pena.

O crime no topo da pirâmide da sociedade paraense envolveu um esquema de agiotagem entre o empresário Chico Ferreira, o radialista Luiz Araújo e os irmãos Novelino.

Os empresários eram irmão do deputado estadual Alessandro, falecido em um acidente de avião no começo do ano passado. A família controla postos de gasolina em Belém, entre outros empreendimentos.  

Os irmãos caíram em uma emboscada montada por Ferreira e Araújo.  O último faleceu no cárcere por problema de saúde, e Ferreira ainda cumpre pena.

O crime ocorreu na empresa de Ferreira, a Service Brasil. Os irmãos foram assassinados a golpes de barra de ferro, e os corpos jogados na Baía do Guajará, colocados em camburões amarrados a âncoras e peças de concreto.  

A ambição de Araújo em ficar com o carro dos irmãos colocou por terra o crime. O radialista levou o veículo Corolla para um desmanche no sítio “Gueri-Gueri”.

O barulho incomodou os vizinhos que acionaram a polícia.  O radialista foi o primeiro a cair. O caso dos irmãos Novelino tem semelhança a práticas da máfia.

Na época do crime Ferreira negociava com Wanderlei Luxemburgo (atual técnico do Grêmio), e o então prefeito de Parauapebas, Darci Lermer (PT), a formação de uma escolinha de futebol.
Agiotagem, contrabando, tráfico de drogas e pessoas, exportação ilegal de madeira agitam o universo da high society de Belém.

O universo paralelo da elite local é retratado com vigor nas obras Os Éguas e Cidade Concreta, de Edgar Augusto Proença, editora Boitempo.   

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