sábado, 12 de novembro de 2011

Essa é da antiga, mas é massa, como diria a baiana


Divisão do Pará é reprovada por 58%, aponta Datafolha

A divisão do Pará é rejeitada por 58% dos eleitores do Estado, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem. Matéria da Folha replicada no IHU

Brasil tem uma pobreza infantil de 38,8%, mostra mapa da pobreza infantil da América Latina

A Cepal e a Unicef divulgaram nesta sexta-feira um relatório que reflete a situação da pobreza infantil na América Latina. A Argentina ocupa a quarta melhor posição no ranking. Leia mais no IHU

Os desafios da participação nas sociedades democráticas. Entrevista especial com Wilson Gomes


Os chefes políticos preferem a cultura de participação política liberal à participação política de esquerda. Isso porque, segundo Wilson Gomes, para eles, “a primeira é muito mais produtiva e eficiente e pode satisfazer-se principalmente com transparência e publicidade (formas digitais de acompanhamento do trabalho parlamentar, por exemplo, ou acesso eletrônico a dados públicos), acrescentando-se a isso instrumentos para expressão da vontade (e-mails dos representantes, fórums) civil ou para influenciar as decisões (petições online). A segunda, em geral, tem dificuldade de lidar com o Estado e de admitir uma esfera legítima de tomadores de decisão política que não seja a sociedade civil”.Leia mais no IHU

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Juruti - Diário de bordo de Ismael Machado


Uma viagem ao Brasil profundo pode ser uma excelente oportunidade de incrementar o repertório, em especial aos despidos de preconceito, como parece ser o caso de Machado. Aos que possuem olhos e ouvidos atentos o Brasil profundo pode ser uma baita faculdade sem parede

 
Rogério Uchoa é uma espécie de nome artístico. O nome, na verdade, é Rogério Pinheiro. Por que digo isso? Porque é esse o imbróglio que aparece à nossa frente no guichê da Gol. O funcionário não quer permitir o embarque do fotógrafo que me acompanha até a missão em Juruti. 

Ligamos para o jornal e somos orientados pelo editor Adaucto Couto a procurar o guichê da Vale Verde, responsável pela emissão dos bilhetes. Lá, uma atendente resolve a situação. Creio que de uma forma não muito ortodoxa, pois ela manda Rogério esperar afastado e depois volta com uma passagem na mão, dizendo para ele ir rápido e torcer para que o mesmo funcionário que quis barrá-lo não esteja no despacho dos passageiros.

Jeitinhos brasileiros.

Vamos a Santarém. Passa da meia noite. Assim que nos instalamos e levantamos voo, ligo mp4 e ficou ouvindo música. De REM a Marcelo Jeneci. Fecho os olhos, tranqüilo.

Em Santarém, taxi de transbordo é caro. Em conversa com o motorista decidimos ir direto ao porto de embarque. É que ele diz que uma lancha sairá Às 8h30. As passagens são vendidas a partir de sete horas. São quase 2h30.


No terminal, somos informados de que não haverá lancha. Só o barcão mesmo. E isso à tarde. O funcionário olha para nós e se penaliza. As bolsas pesam. Diz que podemos ficar por ali mesmo até o dia amanhecer. Bancos de madeira nos esperam pelo resto da noite. Dormimos do jeito que dá. 

Rogério até ronca.

De manhã saímos atrás de um café da manhã. O suco que peço vem com jeito de quase passado. Meio azedo. Vamos em direção ao barco. É cedo ainda. Compramos as passagens e atamos as redes. Na verdade, eu faço isso. Rogério não vem com rede e sai pra comprar uma. Quando retorna estou dormindo. É claro que ele não perde a oportunidade de me fotografar assim, estarrado na rede.

Depois é a minha vez de sair. Vou comprar sandálias. Passo num cyber pra ver se há novidades.
Esperar a saída do barco é um exercício de paciência. As redes começam a se entrelaçar para desespero de Rogério. Deito na minha e fico ouvindo música até acabar a bateria do primeiro MP4. 

Levei dois. o meu e o da Michelle. Depois levanto e vou comprar laranjas e água. Fico observando o vai e  vem dos carregadores. É uma visão sempre surpreendente. De tudo se leva na cabeça. Um cabocão passa carregando uma geladeira.

Passa das quatro horas da tarde quando o barco finalmente desatraca. Lotado de gente e mercadorias. Cidades ribeirinhas dependem dessas cargas. De cerveja a eletrodomésticos, tudo se transporta nessas embarcações.

É uma viagem longa e cansativa. Chegamos em juruti lá pelas sete da manhã, depois de uma noite de sono interrompido aqui e ali. E nem deu pra ficar muito na parte de cima do barco porque era uma sequencia de DVDs gospel que, sinceramente, me faz pensar que deus devia reclamar com esse povo por fazer tanta música ruim pra ele.

Chegamos no dia de finados. Ou seja, começar uma matéria num dia em que tudo ta fechado é complicado. O hotel que ficamos é uma piada. Sem café da manhã. Mas conseguimos um café decente numa panificadora bem legal. Na passagem vimos uma plaquinha numa casa anunciando comida caseira. 

Ainda não sabíamos, mas aquele seria nosso principal QG para almoço e jantar. Comida pra lá de deliciosa, com peixes como pirarucu, tambaqui, surubim e pacu na ordem do dia. E preço honesto, o que é importante.

Como a pauta é sobre impactos de uma mineradora, recorro à própria experiência e vou atrás de um sindicato de trabalhadores rurais. É sempre um bom caminho para se começar. Batata.
Juruti é uma cidade pequena e pacata. Fazemos tudo a pé. Mesmo que o calor mine resistências. No primeiro dia, algumas boas entrevistas. A noite sem muitas opções morremos em pizza.

No dia seguinte conseguimos um taxi que nos leva a uma das comunidades afetadas pela ação da mineradora. É um percurso que inicia pela rodovia bem asfaltada, emenda por uma estrada de terra, contorna a ferrovia. Chegamos a Café Torrado e os dois que procuramos, Paulinho e Ercílio, não estão por lá. Estão em outra comunidade, chamada Piranha. Vamos lá.

O carro não entra a partir de um determinado trecho. É descer e ir a pé. Descer mesmo, pois é uma descida sem fim. Rogério diz que não quer nem pensar na volta. Um caminho estreito por entre a mata. 
E haja pernada.


Acabamos por encontrar a casa de dona Lili. Mãe de Ercílio, nos recebe perguntando o que queremos com o filho dela. Que por sinal já foi embora por outra picada. Mas Paulinho está logo ali, pescando num imenso lago. Dona Lili tem um rosto marcado por sulcos. Rogério faz um vídeo com ela. “Eu sou calminha, mas quando tenho de soltar uns caralhos, eu solto”, diz ela.

Vou em busca de Paulinho. A paisagem é bela, de campos. Ele vem remando na canoa. Explico o que quero e vamos sentar em um banquinho em frente a casa para a entrevista. Rogério colhe uns cajus. 

Paulinho é articulado e crítico.

Conversamos por quase uma hora. Depois vamos às fotos. A melhor é a que ele fica sentado num banco olhando para os campos À frente.

Passamos também numa comunidade cujo igarapé principal secou por conta da construção de uma estrada de ferro. Os moradores perdem um pouco da própria história quando isso acontece. Voltamos cansados para o almoço. O taxista cobra quarenta reais a mais que o combinado. Isso me irrita.

O almoço faz valer a pena.

De noite conseguimos acompanhar uma dupla de educadores ambientais que irão conversar com o povo de uma comunidade. Oportunidade para mais entrevistas e fotos. E repelente na pele que os bichos não dão descanso.

Fico com a impressão de que as relações das comunidades com grandes empresas é a de que os moradores afetados sequer sabem o que exigir dessas potencias. É uma luta desigual. Mas pelo menos há grupos se organizando.

Cerveja...

Meu reino por uma gelada.

No dia seguinte, mais e mais entrevistas. E no outro dia, a ida até Juruti Velho. O motivo é conhecer Gedenor, um líder comunitário considerado uma espécie de Chico Mendes de lá. Alugamos uma rabeta. Serão quase três horas de viagem.

Saímos cedo, sem tomar café.

O tempo nubla. Rogério pergunta se vai chover. Didi, o barqueiro, diz que não e nos aponta um jacaré às margens do braço de rio. Menos de dez minutos depois da previsão meteorológica começa a cair uma chuva intensa. Puta frio.

Nos encolhemos todo. Até que em determinado momento Rogério dispara essa: ‘acho que to até sem cu, de tanto frio’. Caímos na gargalhada. Mesmo ensopados.

No caminho vemos pirarucus, gaviões, tucanos, e um pássaro dar um rasante e apanhar um peixe. Do caralho!

Juruti Velha é bonita por ter várias prainhas perto. Visual absurdo.
Quando saímos do barco mal conseguimos andar, de tanta dor na base da coluna. Ando a passos lentos. Vamos atrás de Gedenor.

Desconfiado, manda chamar uma assessora de imprensa da associação. Ela diz que vai gravar. Ok. “É que veio um jornalista aqui e distorceu tudo o que eu disse”, justifica ele. Sei como é essa historia.

Gedenor é um dos 13 filhos de Madalena, uma evangélica que me sai com essa> fazer filho é bom, ruim é por pra fora depois.

É uma entrevista interessante. Gosto de encontrar esses personagens que fazem a história da resistência na Amazônia.

A volta é na lancha da associação. Alívio, porque é muito mais rápido. Carona boa, junto com duas freiras que lembram aquele visual de Dorothy Stang.

Depois teve lancha para Santarém. Cerveja e caldo de caranguejo em frente ao rio Tapajós, uma longa espera no aeroporto. E Belém, cedo da manhã. O fim de semana. Os bons momentos, a sensação de missão cumprida.

A segunda-feira vem logo ali. Dia de debruçar sobre as anotações e escrever a matéria.  

Cargill questiona licitação de terminal no Maranhão


Gerson Freitas Jr.

Ao contrário de Bunge e Cosan, que abriram mão de suas ações contra o leilão do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), a trading americana Cargill ainda tenta, na Justiça Federal, em Brasília, anular a licitação conduzida pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). Leia matéria do Valor no Amazônia

Globo Repórter mostra a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia

Uma equipe do Globo Repórter, da Rede Globo, irá gravar o concerto que a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia realiza na sexta, 11 de novembro, durante a final da Amostra de Intérpretes 2011 da Universidade. A produção do programa chega a Belém na sexta-feira e permanece até domingo, acompanhando o dia a dia de alguns dos músicos mais jovens da Orquestra. O programa irá ao ar no dia 23 de dezembro. Leia mais na UFPA

Grupo de Pesquisa cria sistema para abastecer ribeirinhos com água da chuva

Igor de Souza
Se listarem as principais palavras que caracterizam a região amazônica, "chuva" ocupará uma posição eminente. Com um clima do tipo equatorial, quente e com muita umidade devido à grande disponibilidade de água, a Amazônia possui uma boa distribuição de chuvas ao longo do ano, sendo o período mais chuvoso nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril. Leia mais no UFPA\Beira Rio

O quiprocó na USP sob o traço de Latuf


Análise sobre as campanhas pela divisão do estado encerra a Semana de Comunicação da Unama


A Semana de Comunicação da Unama encerra hoje com uma intensa programação. Daqui a pouco, 10h, no campus BR, os professores Antonio Carlos Pimentel e Samia Batista apresentam relatos de pesquisa. Pimentel realizou investigação sobre a Biblioteca do militante comunista Raomundo Jinkiings, já Batista narra o percuso da pesquisa intitulada "Comercializando tradições: o design participativo como elemento de valorização da produção cultural da associação Ver as Ervas em Belém-PA".

Já às 16h a assessora de comunicação social do Ministério Público Federal (MPF), Helena Palmquist explica como funciona processo de produção da informação da instituição que questiona o processo de construção da hidrelétrica de Belo Monte. O MPF desponta no horizonte como uma respeitada e séria instituição. 

Já a mesa programada para  às 18h reflete sobre o papel do publicitário no mundo digital. O Evento encerra com um debate sobre as campanhas de divisão do estado do Pará. À mesa estarão Pedro Galvão, diretor da Galvão Comunicação, Marcus Pereira, da Gamma Comunicação e Osvaldo Mendes da Agência Mendes. Leia mais AQUI

Greve dos professores do Estado - o educador Raimundo Moura envia nota técnica

O documento acusa o governo do PSDB, Simão Jatene de nao respeitar a lei e pregar o terrorismo na educação


A base legal que orienta o serviço público no Estado do Pará é a Constituição Estadual de 1989, em consonância com a Constituição Federal de 1988 e com as emendas constitucionais homologadas a partir de 1996 e as leis específicas de cada segmento social.

O Capítulo III, Seção I da Constituição Estadual orienta em seu artigo 20, que são princípios fundamentais da administração pública: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a participação popular. Neste sentido, na Seção II desta mesma Constituição prevê o controle dos atos da administração pública que devem ser mantidos dentro desses princípios fundamentais. No artigo 25 da Constituição Estadual determina que a administração pública deve tornar nulos seus atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais.

Na Seção IV que trata dos servidores públicos civis, no artigo 30, prevê que o Estado e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, Regime Jurídico Único e Planos de Carreira, Cargos e Salários para os servidores da administração pública, das autarquias e das fundações públicas, onde é assegurada no parágrafo primeiro a isonomia de vencimentos para os cargos de atribuições iguais ou semelhantes do mesmo poder ou entre os servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e os relativos à natureza ou ao local de trabalho.

No artigo 34, parágrafo primeiro, prevê a investidura em cargo ou emprego público, através de aprovação em concurso público de provas e títulos, respeitados, rigorosamente, a ordem de classificação, sob pena de nulidade do ato, não se aplicando aqui o disposto às nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Porém, o artigo 35 determina que os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstas em lei.

Nessa mesma Seção, nos artigos 37 e 38 respectivamente, tratam do direito à livre associação sindical e do direito à greve que são direitos constitucionais que jamais podem ser violados. No parágrafo primeiro do artigo 40 que trata do servidor estável, que é aquele servidor efetivo que tenha cumprido três anos de efetivo exercício; só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada e julgada ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

No Capítulo III, Seção I, que trata exclusivamente da Educação, o artigo 272 da Constituição Estadual é claro: a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, é baseada nos princípios da democracia, do respeito aos direitos humanos, da liberdade de expressão, objetivando o desenvolvimento integral da pessoa, seu preparo para o exercício consciente da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

No artigo 273, inciso III, trata da valorização dos profissionais do ensino, que garante, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo Estado, respeitado o disposto no artigo 39 da Constituição Federal.

No inciso IV deste mesmo artigo, a Constituição Estadual prevê ainda o direito de organização autônoma dos diversos seguimentos da comunidade escolar, visando uma gestão democrática e cidadã. No artigo 278, inciso III, trata das competências dos conselhos escolares, onde obriga na alínea b que o poder executivo fica obrigado a nomear o diretor da escola dentre os integrantes de lista tríplice encaminhada pelo conselho escolar.

O artigo 281 estabelece ainda a elaboração e execução do Plano Estadual de Educação, de duração plurianual e ajustamentos anuais, de forma integrada, articulada e harmônica com o Plano Nacional de Educação e com os Planos Municipais de Educação, e de acordo com a política estadual de educação. Neste caso já temos aprovado o nosso Plano Estadual, onde prevê inclusive a eleição direta para direção das escolas como um dos princípios da gestão democrática.

Portanto, se alguém deve ser punido pelo poder judiciário é o Governo Simão Jatene do PSDB/PMDB, visto que é ele o grande desrespeitador da lei quando não cumpre o que determina a Constituição do nosso Estado, quando não cumpre a determinação do STF e não paga o piso salarial dos profissionais da educação, quando permite que seus “apadrinhados políticos” interfiram na gestão das escolas, impondo diretores sem consultar a comunidade e os conselhos escolares.

No município de Parauapebas, assim como na maioria dos municípios do Estado, quem está determinando a política educacional nas escolas são os vereadores da base aliada do governo do PSDB/PMDB, que em Parauapebas impôs como diretora sede a Senhora Francisca Ciza, a qual está resgatando uma política atrasada e ditatorial para a educação pública. Esta senhora não está respeitando a autonomia das escolas, os conselhos escolares e nem a gestão democrática das escolas. Os verdadeiros profissionais da educação estão sendo desrespeitados e humilhados!

Ao invés desta senhora se unir aos profissionais da educação para melhorar a qualidade do ensino médio no município, buscando estruturas e recursos para o bom funcionamento das escolas que são atendidas quase exclusivamente pelo poder público municipal, prefere desrespeitar o processo democrático em construção nas escolas, nomeando pessoas que não estão de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Estadual de Educação na Resolução de nº. 001/2010.

E o pior! Aproveita-se do período de greve, ocasião que a comunidade escolar está ausente da escola para nomear diretores e vice diretores ligados ao seu grupo político visando as eleições do ano de 2012.

O Ministério Público precisa agir coerentemente para punir a prática da imoralidade no serviço público estadual, inclusive solicitar ao Estado a lista de servidores estaduais lotados no município para verificar a legalidade de cada lotação, pois há suspeitas de servidores cedidos através de acordos políticos que não tem nenhum amparo legal, de acordo com o Regime Jurídico Único dos Servidores Estaduais. Esses acordos “politiqueiros” precisam acabar, são eles os responsáveis pelo desmonte do serviço público.

Se realmente vivemos em um estado democrático de direito à hora é agora! Ou agimos em defesa da qualidade e da democratização da escola pública, ou corremos o sério risco de voltarmos à barbárie de um sistema ditador e repressor. Faça valer seus direitos, denuncie as práticas ilegais e ilegítimas da senhora Francisca Ciza. Não vamos deixar o PMDB e o PSDB tomar conta de nossas escolas.

Uma boa canção para levantar a sexta da cama


Relatório mostra jovens brasileiros sem trabalho e com poucos anos de estudo, por Raquel Júnia


Se você está na faixa etária de 16 a 29 anos, cursa ou já terminou o ensino superior, tem um trabalho com carteira assinada e ganha mais de dois salários mínimos, saiba que você faz parte de uma porcentagem muito pequena da juventude brasileira. O Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, lançado recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que a maior parte dos jovens do Brasil não estuda, apenas trabalha ou procura emprego, tem em média 9,2 anos de estudo, ou seja, sequer termina o ensino fundamental, e ganha menos de dois salários mínimos. Apesar de ter havido melhorias tanto na garantia do emprego formal, com carteira assinada, para a juventude, quanto nos níveis de escolaridade, os indicadores mostram que o desafio ainda é grande. Leia mais no Ecodebate

''Nenhuma empresa é totalmente sustentável''

Para o alemão Matthias Stausberg, porta-voz do Pacto Global da ONU, é preciso separar as empresas que estão realmente comprometidas em ter uma atuação sustentável "daquelas que tratam a responsabilidade corporativa como um exercício de relações públicas". Matéria de Afra Balazina no Estadão replicada no IHU

Aquecimento dos oceanos influencia queimadas na Amazônia, diz estudo


Cientistas norte-americanos desenvolveram uma metodologia que prevê com pelo menos seis meses de antecedência se o período de queimadas na floresta amazônica será grave a partir da medição da temperatura dos oceanos Pacífico e Atlântico. Matéria do Globo Natureza replicada no IHU

Projeto no Senado pode colocar em xeque áreas indígenas do país

Cláudio Angelo

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado pode votar já na semana que vem uma proposta de emenda à Constituição que deixará sob ameaça todas as terras indígenas do país. Matéria da Folha replicada no IHU

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Alunorte, operários rejeitam proposta de negociação salarial

Em Assembléia realizada no dia de ontem 09 de novembro, foi rejeitada com 61% dos votos válidos a proposta apresentado pela Alunorte e defendida pela Direção do Sindicato dos Químicos de Barcarena/Pa de negociação salarial. A participação foi bastante representativa, dos 1600 funcionários votaram 1087.

A votação acorreu durante a visita dos acionistas noruegueses, os  novos donos da empresa, Se a intenção era demonstrar para os visitantes que há um clima tranqüilo na empresa, que os trabalhadores(as) estão satisfeitos(as) e que o Sindicato está legitimado junto à categoria, o tiro saiu pela culatra. Estava tudo acertado entre a empresa e a direção do Sindicato, faltou apenas combinar com os principais atores do processo: os trabalhadores(as).

Hoje na frente da fábrica o presidente do Sindicato ao invés de agradecer a participação dos operários e parabenizá-los pela atitude democrática, adotou uma postura de envergonhar o maior dos pelegos, foi puxar a orelha dos trabalhadores e responsabilizá-los pela derrota da proposta, e como se não bastasse ameaçou os empregados dizendo que  teriam que arcar com as conseqüências daqui para frente. 

Acontece que a direção do Sindicato nunca representou de fato a categoria, são uns pseudos Sindicalistas sem formação sindical e política que foram eleitos em um processo duvidoso que até hoje está rolando na 2º Vara do Trabalho em Abaetetuba. 

Essa direção foi eleita mais nunca foi legitimada, e é por este motivo que não consegue a confiança dos empregados(as).




 Oposição Sindical “Valorização e Luta”

Amazônia: mortes no campo, política e oportunismos


As tragédias costumam pautar a Amazônia na mídia grandalhona. Em particular os casos de execuções de militantes em defesa da reforma agrária, meio ambiente e direitos humanos. 

No próximo dia 24 a execução do casal de ambientalista do projeto de assentamento Praialta Piranheira, no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará vai somar mais um mês. Outras mortes já sucederam, como o caso do militante do Rio do Anfrisio, a oeste do estado. E outras sucederão a se confirmar a agenda de desenvolvimento para a região.

A execução de Zé Cláudio poderia ter sido evitada. Assim como a maioria.  Desde 2001 o nome do ambientalista constava numa lista publicamente divulgada. O Estado não tomou providências, apesar de uma denúncia pública realizada pelo próprio Cláudio num importante evento que ocorreu em Manaus, o Ted Amazônia.

O baixo clero envolvido na execução foi alcançado. Mas, os cardeais não. Tem sido assim ao longo dos anos no rosário de mortes e impunidade. A reação marca ação do Estado, ao invés da prevenção. E com isso todo tipo de oportunismo, a torto e a direito.

Como o projeto de assentamento Castanhal Araras, o primeiro a ser criado na região em 1987, o Praialta nasceu com a intenção de contemplar a agroecologia. A assessoria veio da Universidade Federal do Pará (UFPA) a partir da parceria com o Laboratório Sócio agronômico do Araguaia Tocantins (LASAT), que este ano levantou acampamento da região após mais de duas décadas de ação na região.        

Soube que o governo federal após mais uma execução de militantes no Pará deseja incentivar um projeto de revitalização no local onde José Cláudio e Maria foram mortos. O mesmo Estado que não tem recursos para garantir políticas de garantia de vida dos ameaçados, como anunciado numa região em bucólico hotel em Belém.  Ocorre interrogar: tal ação é um oportunismo?