sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Defensores de direitos humanos no Pará- programa de proteção do estado míngua


A estimativa é de que pelo menos 80 pessoas estejam nos cadastros oficiais do estado do Pará como ameaçadas de morte.

São agricultores, extrativistas, ambientalistas, sem terra, assentados da reforma agrária e pessoas que se alinham à causa dos direitos humanos, meio ambiente e da reforma agrária.

Deste total, o estado poderia colaborar com algumas medidas somente com a metade. Os recursos do programa de amparo dos defensores de direitos humanos ameaçados, de fato, pode arcar somente com sete pessoas.

Maria Joel, presidente do Sindicato de Rondon do Pará, sudeste do estado, é uma das agraciadas do que virou uma espécie de loteria. A dirigente sindical é viúva de José Dutra da Costa, executado na porta da casa há 11 anos.

Por conta da possibilidade do julgamento de um dos acusados da encomenda da morte do marido, as ameaças contra Joel ganham mais robustez.  Trata-se do fazendeiro Lourival de Souza Costa, conhecido em Rondon do Pará como “Pirrucha”.

A defesa solicita o desaforamento do julgamento de Rondon do Pará, para Belém. A praxe quando do julgamento de fazendeiros nos locais onde os mesmos moram, é a mobilização dos pares para pressionar os jurados.

No início do mês as representações dos abastados do município pararam a cidade por conta das declarações dada à imprensa da sindicalista sobre o município e as ameaças. Nem as escolas funcionaram.

Até o instante a Justiça não alcançou nem um acusado de mando da morte de Dezinho. Por isso o Brasil foi denunciado na Organização dos Estados Americanos (OEA). 

Pelo cenário: grandes projetos, obras de infraestrutura e outras formas de pressão sobre os territórios das populações consideradas tradicionais, outros óbitos virão.

O setor agropecuário vai cobrar a fatura do apoio ao ninho tucano. 

E tenho dito, quem hoje é vivo corre  perigo....



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