quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Raspas da memória: eleição, debate e manipulações

Na noite de ontem as empresas afiliadas da Globo realizaram “debates” em várias capitais do país.


Nas Alagoas, Alexandre Garcia foi o mediador. Uma ironia. Em 1989, quando da primeira eleição após 25 anos de ditadura, foi ele o mediador do debate onde Lula enfrentou Collor.


O processo de edição daquele debate entrou para a história do jornalismo brasileiro como o mais escandaloso capítulo da manipulação da informação.


Os mesmos meios de comunicação que endossaram a eleição de Collor, em certa medida ajudaram para a degola do mesmo.


A Globo entrou na justiça contra a BBC, para proibir a distribuição de um documentário que registra as vísceras da gênese do grupo. E hoje eles falam em ameaça à democracia.


Collor foi inventado para o cenário nacional como o caçador de Marajás. A Veja dedicou a ele várias capas.


Collor é um marajá da comunicação. Este ano é candidato ao governo do estado, e é acusado de manipular pesquisas. Outro dia ameaçou de morte um jornalista.


Passados 21 anos Collor subiu em palanque com Lula. Garcia faz comentários moralistas em noticioso matinal. Similares a ele multiplicam-se aos montes em diferentes canais.


E os meios de comunicação continuam no mesmo diapasão homogêneo na cobertura política. A polifonia ainda inexiste, apesar da cauda longa (internet).


Lula entrará para a história republicana do país como o presidente com a maior aprovação.


O espetáculo tomou conta do campo político, onde os marqueteiros possuem a hegemonia.


Mídia: teoria e política, livro do professor Venício Lima, da Unb, ajuda a compreender parte destes dias nem tão distantes.


Os mais jovens podem visitar umas informações do R7

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