O sem terra Elton Brum da Silva foi morto na manhã desta sexta-feira (21) em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, com um tiro pelas costas, desferido por uma espingarda calibre 12 durante desocupação, pela Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha), da Fazenda Southall. O assassinato ocorreu por volta das 8 horas da manhã. Carta Maior
sábado, 22 de agosto de 2009
Benedito Nunes vai presidir Conselho Editorial da UFPA
O professor Benedito Nunes vai presidir Conselho Editorial da Editora da Universidade Federal do Pará. Intelectual de fina estampa, Nunes é um filósofo e ensaísta reconhecido em escala nacional e internacional. Em obra recente, 2006, com Hatoum, outro amazônida, -Crônicas de duas cidades-, fez uma incursão sobre a cidade de Belém, enquanto Hatoum se debruçou sobre as vicissitudes de Manaus. Em 1987 Nunes foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria estudos literários. O professor é expoente da crítica literária do país. UFPA
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Massacre de Eldorado: MST pede manutenção da pena aos comandantes
Integrantes do MST e de movimentos da Via Campesina, acompanhados da Senadora Serys Slhessarenko (PT/MT) , reuniram-se em Brasília com o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Rocha, para pedir a manutenção da condenação dos responsáveis pelo Massacre de Eldorado dos Carajás.MST
3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Vão até o dia 15 setembro as inscrições para o 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (CBJA), que ocorre entre 09 a 11 de outubro, em Cuiabá, Mato Grosso. A página do encontro explica que a proposta central do 3° CBJA é fazer análises sobre a suposta dicotomia entre desenvolvimento e meio ambiente, do ponto de vista jornalístico. Além das conferências e da Mostra Científica, a programação do Congresso conta com Mostra de Vídeo Ambiental, oficinas, minicursos e mesas redondas
A REDE GLOBO E MARINA SILVA
Orientações específicas da direção do jornal O Globo para a cobertura da campanha de Marina Silva: mantê-la presa ao tema ambiental, destacar todas as declarações que a contraponham a Lula e a Dilma, apresentá-la como uma candidata idealista, dar destaque a declarações de militantes e aprofundar a ruptura com o PT. Altino Machado
Sérgio Sauer é o novo relator para o Direito Humano à Terra, Território e Alimentação
Sérgio Sauer é o novo relator nacional sobre direitos humanos nas temáticas sobre terra, território e alimentação. A seleção ocorreu no dia 18. Órgãos públicos, como a Secretaria de Direitos Humanos, Comissão da Câmara Federal, o Ministério de Relações Exteriores, a Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos e agências da ONU integraram o Conselho de Seleção.
Sauer é doutor em sociologia pela Universidade de Brasília e professor na mesma casa. Atua na área de Sociologia, Filosofia e Ciências políticas, com ênfase em sociologia rural e políticas governamentais.
Tem vasta vivência com organizações camponesas e de apoio, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), onde foi coordenador. Também assessorou a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG). Na Amazônia manteve vínculo com o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).
Conforme o site da plataforma de direitos humanos, econômicos, e sociais, o relator pretende acompanhar temas como: regularização fundiária na Amazônia, expansão do agronegócio e os impactos sobre a terra, território e alimentação, demarcação de terras indígenas e de territórios quilombolas, transposição do Rio São Francisco, uso de agrotóxicos e acompanhamento da inserção do direito humano à alimentação nas políticas públicas. Conheça os demais relatores das outras temáticas AQUI
Sauer é doutor em sociologia pela Universidade de Brasília e professor na mesma casa. Atua na área de Sociologia, Filosofia e Ciências políticas, com ênfase em sociologia rural e políticas governamentais.
Tem vasta vivência com organizações camponesas e de apoio, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), onde foi coordenador. Também assessorou a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG). Na Amazônia manteve vínculo com o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).
Conforme o site da plataforma de direitos humanos, econômicos, e sociais, o relator pretende acompanhar temas como: regularização fundiária na Amazônia, expansão do agronegócio e os impactos sobre a terra, território e alimentação, demarcação de terras indígenas e de territórios quilombolas, transposição do Rio São Francisco, uso de agrotóxicos e acompanhamento da inserção do direito humano à alimentação nas políticas públicas. Conheça os demais relatores das outras temáticas AQUI
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Biopirataria
Sete pessoas foram presas ontem (19) em Altamira, Manaus e São Paulo, em trabalho de combate ao contrabando de fauna aquática brasileira. Os acusados, empresários do ramo de peixes ornamentais e um servidor público, foram flagrados negociando espécimes de comercialização proibida com compradores da Ásia e da Europa. MPF
Marina Silva: uma dia após sair do PT, senadora faz palestra no Pará
Jornalismo ambiental: os desafios da cobertura da Amazônia é o tema da palestra da senadora acreana, Marina Silva. A palestra será hoje, 20, às 18;30h, em Belém, no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, centro antigo da cidade.
A iniciativa é da ONG IMAZON, Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia e do SESC e tem apoio do governo estadual, administração petista.
Em carta a ambientalista explica a sua retirada do PT após 30 anos de militância. Desde ontem, 19, a ex ministra do governo Lula se encontra fora da legenda do Partido dos Trabalhadores.
A provável candidata a presidência da República pelo PV, fala num dos estados notabilizados pelos significativos passivos sociais e ambientais.
A coleção de desastres resulta dos processos econômicos implantados na região. Os mesmos foram centrados em grandes empresas através de incentivos estatais. No território paraense, a delicada situação fundiária é um outro agravante.
No segundo estado em extensão territorial da Amazônia é comum o desconforto da elite local por conta da agenda negativa que prepondera na imprensa: devastação da floresta, trabalho escravo, assassinados de camponeses, grilagens de terras, tráfico humano, e por aí vai.
Um questão inquieta: a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT) irá ao evento?
A coleção de desastres resulta dos processos econômicos implantados na região. Os mesmos foram centrados em grandes empresas através de incentivos estatais. No território paraense, a delicada situação fundiária é um outro agravante.
No segundo estado em extensão territorial da Amazônia é comum o desconforto da elite local por conta da agenda negativa que prepondera na imprensa: devastação da floresta, trabalho escravo, assassinados de camponeses, grilagens de terras, tráfico humano, e por aí vai.
Um questão inquieta: a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT) irá ao evento?
O pano foi costurado?
Na medida do impossível iremos retomar as atividades da modesta iniciativa.
Não sei se o pano foi devidamente remendado para agüentar os ventos das demandas profissionais.
Mas. eis o FURO na praça outra vez.... balançando na ponta dos pés.....
Não sei se o pano foi devidamente remendado para agüentar os ventos das demandas profissionais.
Mas. eis o FURO na praça outra vez.... balançando na ponta dos pés.....
Universo camponês da Amazônia em pinturas
O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ricardo Rezende acaba de lançar um site onde apresenta pinturas com temáticas camponesas amazônicas.
Rezende foi agente pastoral da Comissão Pastoral da Terra (CPT), na década de 1980 na região do Araguaia-Tocantins. As produções resultam do período em que o antropólogo e padre residiu no Pará.
Rio Maria: o canto da terra e Pisando fora da própria sombra: escravidão por dívida no Brasil contemporâneo são alguns livros assinados por Rezende.
Rio Maria: o canto da terra e Pisando fora da própria sombra: escravidão por dívida no Brasil contemporâneo são alguns livros assinados por Rezende.
Alumínio na Amazônia livro aborda saúde do trabalhador, meio ambiente e organizações sociais
Sete artigos integram o livro Alumínio na Amazônia: saúde do trabalhador, meio ambiente e movimentos sociais, organizado pela rede Fórum Carajás, que será lançado em Belém, no dia 24 de agosto, na sede da Unipop, às 17:30h, por ocasião da reunião do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR).
O foco da iniciativa reside na saúde do (a) trabalhador (a) nas fábricas de alumínio do Pará, Albras e Alunorte, sob o controle do grupo Vale; e da Alumar, empresa do grupo Alcoa, com sede no Maranhão. A publicação pontua ainda aspectos ambientais, com registros de acidentes industriais.
A publicação resulta de diferentes encontros da rede Fórum Carajás, ocorridos dentro e fora do país. Representantes dos (as) trabalhadores (as) das duas fábricas sempre sublinharam o passivo na área da saúde da categoria no interior das fábricas e a imensa dificuldade em se conseguir estabelecer o nexo causal das doenças com a atividade laboral. Limites que passam pela má fé de profissionais em níveis privado e público, além do poder das empresas em questão.
O livro se encontra dividido em três partes. A primeira contempla a construção do contexto do processo da produção do alumínio na Amazônia e o debate do assunto no interior da rede Fórum Carajás. Os pesquisadores Maurílio Monteiro ao lado do jovem Eder Monteiro fazem a contribuição inicial. Já o segundo artigo da seção é produzido pela ex-coordenadora da rede, Marluze Pastor, que recupera a linha do tempo do debate no interior da rede.
Três especialistas se debruçam sobre a temática central do livro, a saúde do trabalhador. Hermano Albuquerque de Castro, médico do trabalho e doutor em Saúde Pública, coordenador do Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH) da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) – Fiocruz/MS; que trata da problemática a partir de pesquisa realizada com trabalhadores nas fábricas do grupo Vale da cadeia de produção de alumínio localizadas no município de Barcarena, Pará.
Já o levantamento da doutora Ednalva Neves, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) trata da questão na fábrica Alumar, do grupo ALCOA, localizada em São Luís, no Maranhão. O trabalho do professor Elio Lopes dos Santos, técnico do Ministério Público Federal e professor da Faculdade de Engenharia Química e coordenador do curso de Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade de Santa Cecília, de Santos (Unisanta), consiste em analisar os poluentes e seus efeitos na cadeia de transformação do minério.
A trajetória de algumas representações dos (as) trabalhadores (as) e ex-trabalhadores (as) das fábricas de alumínio no Pará é o centro de gravidade da terceira parte da obra. Os (as) operários (as) e ex- operários (as) fazem a reconstrução da trilha palmilhada pelas representações dos (as) trabalhadores (as) e ex-operários (as), pontuando a peleja em torno de suas demandas sociais, ambientais e políticas.
Manoel Paiva, engenheiro ambiental, e ex-presidente do Sindicato dos Químicos de Barcarena, PA, recupera a trajetória do Sindicato dos Quimicos de Barcarena. Já Reinaldo Damasceno, coordenador geral da Associação em Defesa dos Reclamantes e Vitimados por Doenças do Trabalho na Cadeia Produtiva do Alumínio no Estado do Pará (ADRVDT-CPA), reflete sobre o nascimento da instituição que defende os operários afetados pela produção do alumínio.
Mais que um registro, pretende-se que a publicação seja uma ferramenta de base técnica que possa ser usada para a efetivação da garantia dos direitos dos (as) trabalhadores (as) em diferentes frentes: de enfrentamento com o capital privado e junto aos órgãos públicos do setor da saúde e da liberdade de organização sindical, meio ambiente e política. O livro deverá ser lançado ainda em São Luís e no município de Barcarena, Pará.
SERVIÇO:
Lançamento do Livro “Alumínio na Amazônia: Saúde do Trabalhador, Meio Ambiente e Movimentos Sociais”
Local: Unipop - Belém /PA
Endereço: Av. Senador Lemos, 557 (entre Dom Pedro I e Dom Romualdo Seixas) - Bairro: Umarizal
Data: 24 de agosto de 2009
Horário: 17:30 h