sábado, 10 de janeiro de 2009

Sudeste do Pará vai sediar instituto Latino-Americano em agroecologia

A Amazônia é o jardim do homem- Darci Ribeiro
Várias mobilizações localizadas precedem à realização do Fórum Social Mundial (FSM), que ocorre em Belém, entre os dias 27 de janeiro a 01 de fevereiro.

Nos dias 25 e 26, no município de Parauapebas, sudeste do Pará, um fórum vai realizar um debate sobre o modelo de desenvolvimento para a região.

A Via Campesina, coletivo internacional de organizações camponesas é um dos mobilizadores do debate. A expectativa é a reunião de 40 jornalistas internacionais, quando será lançado Instituto Latino-Americano de Agroecologia.

O instituto será uma espécie de universidade voltada para a formação de agrônomos para a agricultura familiar. As regiões sul e sudeste do Pará registram uma aguda presença da agricultura familiar.

As regiões possuem cerca de 470 projetos de assentamento (PA), com uma população estimada em 70 mil famílias.
O Massacre de Eldorado de Carajás em 1996 pode ser considerado como um marco para a efetivação dos PA´s em larga escala.

Além de camponeses disputam o controle sobre a terra e os recursos naturais grandes mineradoras, a exemplo da Vale, populações indígenas, fazendeiros, garimpeiros, madeireiros entre outros.

Na tensa fronteira os indicadores sobre desmatamento, trabalho escravo, chacina de camponeses, impunidade desnudam os passivos sociais e ambientais internalizados por conta dos grandes projetos implantados através da política de renúncia fiscal do Estado desde o regime militar.

A latitude que integra a bacia do Araguaia-Tocantins é um dos eixos de integração das macros políticas de integração do governo Lula.
Em Marabá, município pólo da região, por exemplo, pretende-se a construção de mais uma grande hidrelétrica no rio Tocantins.